Em 2009, entrou em vigor a lei estadual antifumo, que proibiu o fumo em locais públicos fechados. A medida é aprovada por 91% dos paulistanos entrevistados - entre os fumantes, sete em cada 10 pessoas concordam com a lei (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 15h12.
Responsável por 5,6 milhões de mortes anuais, o tabaco é a principal causa de morte evitável no mundo. No entanto, a maioria da população paulistana apoia a adoção de medidas de controle do tabagismo, revela pesquisa realizada pela ACT - Aliança de Controle do Tabagismo, encomendada pelo Instituto Datafolha, entre abril e maio de 2013.
O estudo - que entrevistou 1096 moradores da cidade de São Paulo, de 16 anos ou mais, dentre os quais 221 fumantes - aponta que 76% dos paulistanos aprovam a resolução da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que proíbe aditivos de aroma e sabor nos produtos derivados do tabaco.
Isso porque cigarros com sabor são porta de entrada para o vício, aponta a pesquisa. Aditivos de menta, cacau, baunilha e morango, por exemplo, camuflam o gosto ruim e tornam o ato de fumar mais agradável, especialmente para quem nunca fumou. A Anvisa determinou que os fabricantes deverão cessar a produção de cigarros com aditivos em setembro deste ano e parar de vender até março de 2014.
Em 2009, entrou em vigor a lei estadual antifumo, que proibiu o fumo em locais públicos fechados. A medida é aprovada por 91% dos paulistanos entrevistados - mesmo entre os fumantes, o índice de aprovação é alto: sete em cada 10 pessoas concordam com a lei. Desde o primeiro ano de vigência da medida, o consumo de cigarro caiu pela metade.
Além disso, a pesquisa também constatou que a maioria da população da cidade é favorável à adoção de medidas de redução de consumo de cigarros:
- 75% apoiam o aumento de preços e impostos de cigarros;
- 76% são favoráveis que os cigarros sejam vendidos embaixo do balcão, como já acontece em países como Inglaterra, Escócia e Canadá, e
- 76% concordam que a exposição do cigarro estimula o consumo e a compra, principalmente pelos mais jovens.