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São Paulo busca reabrir em janeiro hidrovia chave para soja

Hidrovia Tietê-Paraná foi fechada no final de maio deste ano por estar muito rasa para navegação

Vista da Hidrovia Tietê-Paraná: hidrovia é importante para o transporte de soja e outras matérias-primas (Brazillian Navy/WikimediaCommons)

Vista da Hidrovia Tietê-Paraná: hidrovia é importante para o transporte de soja e outras matérias-primas (Brazillian Navy/WikimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 18h16.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às 15h12.

São Paulo - O Brasil pretende reabrir em janeiro uma hidrovia importante para o transporte de soja e outras matérias-primas, que está muito rasa para navegação desde o final de maio, afirmou o governo do Estado de São Paulo nesta sexta-feira.

Para aumentar os níveis de água após a pior seca no Sudeste do Brasil nas últimas décadas, o governo pretende reduzir a quantidade de água utilizada por três usinas hidrelétricas ao longo da hidrovia Tietê-Paraná, de acordo com um comunicado do Departamento de Transportes do Estado de São Paulo.

Os agricultores pediram ao governo para reduzir a geração de eletricidade ao longo do Tietê e aumentá-la em regiões que receberam mais chuvas.

Exportadores de produtos agrícolas, incluindo a Cargill, disseram à Reuters em junho que tiveram que contratar caminhões para transportar as suas mercadorias pelo trajeto total até o principal terminal de exportação de soja do Brasil, o Porto de Santos.

Isso elevou os custos de transporte entre 10 e 12 por cento para aqueles que normalmente utilizavam a hidrovia, e os agricultores receberam menos pela soja, como resultado, de acordo com a associação de produtores Aprosoja.

O plano divulgado na sexta-feira foi aprovado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) do Brasil.

A seca de dezembro a fevereiro danificou as lavouras do Sudeste e estimulou preocupações de racionamento de energia em um país que gera a maior parte de sua eletricidade a partir de hidrelétricas.

O ONS informou que espera chuvas a 89 por cento do patamar histórico nos reservatórios do Sudeste, e chuvas acima da média no Sul do Brasil, em outubro.

Os níveis dos reservatórios estiveram em 30,3 por cento da sua capacidade máxima, em agosto, o menor nível para o mês em 15 anos, de acordo com o ONS. Desde então, caíram para 25,8 por cento.

O Brasil vai começar a colheita de sua safra 2014/15 de soja em janeiro, e a associação da indústria Abiove previu na quinta-feira exportação recorde de 48 milhões de toneladas.

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