Marília: cidade retrocedeu de fase no Plano São Paulo (Wilson Ruiz/Prefeitura de Marília/Divulgação)
Clara Cerioni
Publicado em 19 de junho de 2020 às 13h33.
Última atualização em 19 de junho de 2020 às 14h21.
O governo de São Paulo mudou a fase da quarentena de duas regiões do interior do estado nesta sexta-feira, 19.
Marília e Vale do Ribeira regrediram da fase 2 (laranja), que permite reabertura de comércio com 20% da capacidade com horário limitado, para a fase 1 (vermelha), em que somente os serviços essenciais podem funcionar.
O anúncio da classificação seria somente semana que vem, em 26 de junho, mas o governo decidiu adiantar porque houve aumento muito significativo na ocupação de leitos de UTI nos últimos sete dias.
"Na região de Marília aumentou 51% e na região de Registro, 67%. Isso aponta para possibilidade de um excesso no sistema de saúde, principalmente nos casos graves, que necessitam de internação. Por isso essas duas regiões retrocederam", disse Carlos Carvalho, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
Com a restrição, essas duas regiões se juntam a outras três do interior do estado que já estão na fase vermelha: Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto. A Grande São Paulo está na fase laranja.
De acordo com o governo do Estado, Campinas e Sorocaba registram um problema específico, somente nas cidades, e não na região como um todo. Com isso, elas seguem na fase laranja, mas será emitida uma nota técnica para os dois municípios e, caso entendam que seja necessário, os prefeitos podem determinar medidas mais restritivas.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a taxa de ocupação de leitos em Campinas é de 72% e de 75% em Sorocaba.
Apesar da mudança nessas regiões, o governador João Doria (PSDB) reforçou que a quarentena atual é válida até o dia 28 de junho e que a próxima revisão será anunciada no dia 26 de junho.
O estado anunciou que foram 386 mortes pela covid-19 registradas no estado nas últimas 24 horas. É o segundo maior número desde o início da pandemia. O governo destaca, no entanto, que os números de óbitos registrados agora refletem o cenário de infecção de algumas semanas, e não o atual.
(Com Estadão Conteúdo)