Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2014 às 18h56.
São Paulo - Após ser acusado pela Secretaria Estadual da Saúde de cometer erros "bizarros" na tabela de repasses da Santa Casa de São Paulo, o Ministério da Saúde divulgou nota no final da tarde desta segunda-feira, 28, defendendo seus números e reafirmando que a pasta estadual ainda não explicou a diferença de R$ 74 milhões que teriam sido enviados pelo governo federal e não repassados pelo Estado para o hospital filantrópico.
Pela manhã, o secretário David Uip deu entrevista coletiva apresentando supostos erros na tabela apresentada pelo ministério.
Ele afirmou que o órgão federal contabilizou duas vezes os valores referentes a dois incentivos que não existem separadamente, mas, sim, são parte do repasse referente à produção da Santa Casa, a chamada tabela SUS.
O primeiro ponto de discórdia é o valor referente ao Fator de Incentivo ao Ensino e Pesquisa (Fideps), extinto em 2005 para ser incorporado ao valor da produção.
Para a secretaria, ele já foi incorporado, mas, segundo o Ministério, o montante segue sendo exposto na tabela de repasses separadamente, já que é um valor adicional à tabela SUS.
O segundo impasse recai sobre um valor referente à expansão da oferta. A secretaria afirmou que ele também está diluído no repasse por produção, como prevê portaria de 2011.
O ministério, no entanto, diz que ele foi criado para sanar as dificuldades financeiras da Santa Casa e que, portanto, é um incentivo.
O ministério disse ainda que solicitou na quarta-feira, 24, esclarecimentos à Secretaria Estadual da Saúde sobre os repasses e que "lamenta que, até o momento, as informações não foram recebidas, dificultando um diálogo transparente sobre a situação".