Brasil

Samu paralisa serviços na região metropolitana de Natal

Das 14 ambulâncias que normalmente operam em dias comuns, somente 4 estão em funcionamento para o atendimento de ocorrências de urgência

Samu: ao longo desta terça-feira, os servidores lotados na Sesap realizam um movimento intitulado "Apagão na Saúde Pública" (Foto/Divulgação)

Samu: ao longo desta terça-feira, os servidores lotados na Sesap realizam um movimento intitulado "Apagão na Saúde Pública" (Foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 12h18.

Em meio à crise na segurança pública provocada pela paralisação dos serviços por policiais civis e militares, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam como socorristas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Natal e outros 11 municípios da região metropolitana paralisaram os atendimentos nesta terça-feira, 9.

Das 14 ambulâncias que normalmente operam em dias comuns, somente 4 estão em funcionamento para o atendimento de ocorrências de urgência.

Além das ambulâncias, os atendimentos nos maiores hospitais públicos administrados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesap/RN) também sofreram redução. Ao longo desta terça-feira, os servidores lotados na Sesap realizam um movimento intitulado "Apagão na Saúde Pública".

"Aproveitamos o "apagão" para também denunciar o sucateamento das viaturas, a falta de material e estrutura de trabalho", declarou Uzimar Alves, socorrista e coordenador do Comando de Greve do Samu Metropolitano.

Ele detalhou, ainda, que as documentações dos veículos estão atrasadas e/ou vencidas há pelo menos cinco anos. Por dia, as ambulâncias realizam entre 70 e 100 atendimentos.

Para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal, são levadas quase todas as vítimas socorridas pelas viaturas do Samu Metropolitano.

Na manhã desta terça, em decorrência da greve que se estende por 55 dias, servidores como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pessoal do administrativo não assumiram os plantões.

Foi garantido, porém, atendimento aos pacientes que já estão internados e aos casos de urgências e emergência com os profissionais que já estavam de plantão.

A paralisação desta terça atinge mais os hospitais de Natal e região metropolitana. Os trabalhadores não irão assumir o trabalho, pois não estão com condições de pagar as passagens de ônibus.

"A orientação é que os profissionais não assumam os plantões hoje. Todos os serviços sofrerão redução de pessoal. Só serão feitos urgência e emergência", afirmou Manoel Egídio, secretário do Sindicato Estadual dos Servidores da Saúde (SindSaúde/RN).

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) ainda não se posicionou em relação à paralisação. O governo do Estado não anunciou quando o pagamento dos servidores em greve deverá ser realizado.

Militares

Os policiais e bombeiros militares do RN se reúnem nesta terça-feira para avaliar proposta sugerida por representantes do governo do Estado em reunião da noite desta segunda-feira, 8.

De acordo com o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), "a Assembleia tem o intuito de repassar à categoria a proposta do Governo para que juntos possamos definir os próximos passos do Segurança Com Segurança".

O Estado propôs o pagamento do salário de dezembro do ano passado até a próxima sexta-feira, 12, mas com a garantia da retomada dos serviços pelos policiais militares. Na sexta, encerra-se o prazo de permanência das tropas federais no Estado.

Oficialmente, não foi enviado pedido de prorrogação de permanência dos militares federais no Rio Grande do Norte.

Acompanhe tudo sobre:GrevesNatal (RN)Rio Grande do NorteSaúde

Mais de Brasil

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022

Justiça absolve Samarco, Vale e BHP pelo rompimento de Barragem em Mariana