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Samper não vê risco político e nem judicial para Dilma

O que acontece é uma simples estratégia política para tirá-la do poder, mas acho que ela vai ficar", afirmou nesta segunda-feira o secretário-geral da Unasul


	Ernesto Samper: o secretário-geral da Unasul acrescentou que as manifestações foram "muito importantes" e "absolutamente legítimas"
 (Reuters)

Ernesto Samper: o secretário-geral da Unasul acrescentou que as manifestações foram "muito importantes" e "absolutamente legítimas" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 11h36.

Madri - O secretário-geral da Unasul e ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, disse nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff "vai sair bem" do caso de corrupção e o possível impeachment que a oposição tenta implementar contra a líder brasileira.

"Se o impeachment se refere a ela ter alguma culpa pelos fatos que foram expostos e se for respeitado o direito de defesa, não me cabe dúvidas de que ela vai se sair bem disso. O que acontece é uma simples estratégia política para tirá-la do poder, mas acho que ela vai ficar", afirmou nesta segunda-feira Samper.

Em um café da manhã informativo em Madri, organizado pela Nova Economia Fórum, o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) acrescentou que as manifestações realizadas ontem nas ruas de todo Brasil, onde se pedia o impeachment de Dilma, foram "muito importantes e "absolutamente legítimas".

No entanto, lembrou que a presidente foi eleita com 56 milhões de votos e "esses também contam".

A governante do Brasil é a cada dia mais questionada pelas crescentes crises política e econômica, com uma inflação e um desemprego em aumento que aguçou o mal-estar social e derrubou sua popularidade, que recentes pesquisas situaram em torno de 10%.

Com relação ao ex-presidente Lula, Samper tem "toda a confiança" de que demonstrará sua inocência, o que vê muito difícil pelo "linchamento midiático" ao qual está sendo submetido, e manifestou que o político brasileiro tem o direito de se defender, não por ser presidente, mas por sua condição de cidadão.

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