Solo ressecado é visto na represa de Jaguari, administrada pela Sabesp, próximo de Santa Isabel (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 20h33.
São Paulo - O estado crítico de disponibilidade de água e a busca por uma mais rápida recomposição dos reservatórios levou o conselho de administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a aprovar a proposta de mudança em seu programa de bônus.
Em fato relevante, a companhia informa ao mercado que as mudanças no escalonamento da faixa de bonificação do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água considera "a criticidade e o agravamento da baixa disponibilidade de água, e a consequente necessidade de ajustar a demanda à oferta para favorecer a recomposição dos reservatórios em um menor espaço de tempo".
A companhia também citou a necessidade de ampliar a adesão da população ao programa e de manter motivados aqueles que reduziram o consumo, mas não atingiram a meta como justificativas para a mudança.
Em setembro, 49% dos clientes da Sabesp obtiveram o bônus porque reduziram em pelo menos 20% seu consumo.
Outros 26% baixaram o consumo, mas sem obter a bonificação. E 25% gastaram mais água do que a média. Os números apontaram uma queda do índice de adesão e de acesso ao desconto em relação a meses anteriores.
Agora, a proposta da Sabesp é de inserir duas novas faixas de bonificação. Com isso, o imóvel que tiver redução de pelo menos 10% no consumo terá economia adicional de 10% em sua conta de água e esgoto.
Já quem baixar o gasto de água entre 15% e 20% terá uma redução de 20% na sua fatura.
Quem conseguir economizar mais de 20%, segue com o desconto de 30% da conta. O cálculo é feito em relação à média de consumo dos 12 meses que vão de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.
Segundo a Sabesp, a abrangência do programa será mantida para os municípios atendidos diretamente pela companhia, situados na Região Metropolitana de São Paulo e para os municípios operados pela Sabesp que fazem parte das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jaguari, localizados na área de influência do Sistema Cantareira.
Ou seja: São Paulo, Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mogi das Cruzes (bairros da divisa), Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo, Suzano, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista, Bragança Paulista, Hortolândia, Itatiba, Joanópolis, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Paulínia, Pinhalzinho, Piracaia e Vargem.
A proposta será submetida à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), que definirá quando as novas faixas entrarão em vigor.