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Sabatina de Galípolo será marcada 'a partir do dia 10', diz presidente de comissão do Senado

Relator da indicação deve ser o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA)

Agência o Globo
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Publicado em 3 de setembro de 2024 às 11h49.

Última atualização em 3 de setembro de 2024 às 11h52.

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A sabatina de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) será marcada "a partir do dia 10", segundo o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), colegiado onde o evento acontece antes da indicação, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ser votada no plenário da Casa. A intenção dos senadores é tentar fazer os eventos antes das eleições municipais, que acaba dividindo as atenções dos parlamentares.

Para confirmar a data, no entanto, Vanderlan precisa ainda falar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para garantir que a sabatina seja realizada no mesmo dia em que a indicação será votada no plenário. Uma das dificuldades é ausência de senadores envolvidos em campanhas municipais. A possibilidade que ocorra já na semana que vem, no dia 10, apesar de ainda não ter sido descartada, é vista como mais improvável diante do tempo curto. Na terça-feira seguinte, dia 17, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne, o que tornaria difícil a presença de Galípolo

"Ontem, à noite, chegou a mensagem que indica o senhor Gabriel Galípolo para exercer o cargo de presidente do BC. Conforme tenho informado, em conversa que tenho com o senador Rodrigo [Pacheco], que vai conversar, segundo ele, com os líderes, para definir a data de votação no Senado – e antes aqui na CAE. Não adianta nada a gente marcar a sabatina aqui se o presidente do Senado não pautar. Como é de comum aqui, a gente sempre sabatina de manhã aqui e, à tarde, no plenário. Vamos estar definindo isso aí. Possivelmente, deve ser a partir do dia 10", disse Vanderlan ao abrir a sessão da CAE, após conversa com Galípolo.

Galípolo se reuniu nesta manhã com Vanderlan e com o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (PSD-BA). Uma das pautas foi a definição do relator da sua indicação. Segundo os senadores, o nome provável é o do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Apesar disso, Alencar criticou a interferência do ministro de Relações Institucionais do governo, Alexandre Padilha, na escolha do relator e chamou a ação de “totalmente descabida”.

Galípolo iniciou nesta segunda-feira o "beija-mão" no Senado em busca de apoio antes da sua sabatina. Ontem, ele passou por gabinetes como dos senadores Teresa Leitão (PT) e de Oriovisto Guimarães (Podemos), que é da oposição.

A expectativa do governo é que Galípolo não tenha dificuldade na aprovação, já que passou por sabatina para assumir como diretor de Política Monetária do BC.

O indicação de Galípolo já era esperada em razão da sua proximidade com a equipe econômica. Poucos meses após ter assumido como secretário-executivo do Ministério da Fazenda do terceiro mandato do governo Lula, Galípolo deixou o cargo para integrar a diretoria do Banco Central, por indicação da Fazenda.

Ele havia assumido o posto de número dois de Fernando Haddad depois de integrar a equipe de transição e ser peça importante na campanha de Lula.

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