Apoiador de Dilma Rousseff comemora a reeleição da petista em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 17h59.
São Paulo - Um dos principais desafio de governo da presidente Dilma Rousseff será formar uma coalizão que lhe permita aprovar as reformas necessárias para o desenvolvimento do País, em meio a um Congresso fragmentado, afirma a diretora da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), Lisa Schineller.
Em um vídeo publicado no site da agência sobre o Brasil, Lisa afirma que Dilma precisará se aproximar tanto de seus apoiadores quanto da oposição.
O PMDB, em sua avaliação, será um partido chave na busca pela aprovação de reformas que possibilitariam aumentar o crescimento, baixar a inflação e promover os serviços sociais.
Fortalecer o crescimento e reduzir a inflação, diz a diretora da S&P, será importante para minimizar as pressões populares. A perda de fôlego da economia brasileira, segundo ela, resulta de uma combinação de fatores cíclicos, estruturais, internos e externos.
Para este ano, a S&P projeta expansão de menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e "não muito mais no próximo".
A confiança doméstica, o consumo e os negócios, ressalta Lisa, estão nos menores patamares desde 2009. A criação de empregos e o crédito, acrescenta ela, estão baixos, e os investimentos estão se contraindo por causa da baixa confiança no governo.
Ao mesmo tempo, a inflação está rodando acima do limite da meta de inflação, de 6,5% ao ano.
"O Brasil está enfrentando estaginflação e a população está demandando cada vez mais serviços sociais eficientes - saúde, educação e infraestrutura", destaca Lisa.
A credibilidade econômica, diz ela, foi afetada nos últimos anos, principalmente no campo fiscal.
Aumentar a produtividade é essencial para o crescimento, na avaliação da diretora da S&P. O chamado "custo Brasil", segundo ela, está inibindo o avanço do País. Como o Brasil tratará essas questões direcionará a avaliação de rating da S&P, destaca Lisa.