Celso Russomanno: possível ausência no debate seria em protesto contra a exclusão de Luiza Erundina, do PSOL (Divulgação/Facebook)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2016 às 16h59.
São Paulo - O candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) visitou hoje uma feira livre na Cidade Tiradentes, na zona leste, e voltou a dizer que pode não comparecer, nesta segunda-feira, 22, ao debate entre os candidatos promovido pela Rede Bandeirantes.
Segundo Russomanno, a decisão deve ser tomada ainda nesse domingo. Como ele já tinha afirmado no sábado, o motivo da ausência do hoje líder nas pesquisas de intenção de votos seria o não comparecimento da candidata Luiza Erundina (PSOL).
Erundina só poderia participar se houvesse acordo entre todos os candidatos. Apesar da boa posição nas pesquisas, o PSOL não tem número suficiente de deputados (9) para assegurar, de acordo com a lei eleitoral, sua participação no debate.
Erundina entrou na Justiça contra a proibição, mas teve o pedido negado.
"Continuo vendo essa recusa em permitir a participação de Erundina no debate um preconceito contra a mulher, contra uma senhora de 80 anos. Ainda vou decidir se vou ao debate", disse Russomanno.
Outra hipótese, levantada por ele, seria a de ficar do lado de fora da emissora debatendo com a própria Erundina.
A chuva forte não impediu que o candidato continuasse na trilha de visitar 50 feiras livres até o final do primeiro turno. Na Cidade Tiradentes, ouviu pedidos de leitores que foram de operação para catarata e ajuda para conseguir emprego.
No ato, fez promessas de melhorar a segurança pública na região e aumentar a qualidade e a fiscalização sobre a prestação de serviços públicos e privados.
Alguns feirantes deixaram claro o descontentamento com a visita de políticos em campanha. "Depois da eleição, nenhum deles aparece", disse a dona da barraca de temperos. "O pior é que ainda atrapalha o movimento do dia".
Muito reconhecido como uma figura da televisão, mais do que como político, Russomanno passou a maior parte da caminhada dando autógrafo e sendo alvo de selfies de eleitores.
O burburinho era tão intenso que, provavelmente, ele não conseguiu ouvir uma criança que gritavam por atenção, chamando-o de Celso Portioli.