Russomanno: Russomanno explicou que sua proposta para esse modal de transporte coletivo não previa em 2012 e não prevê agora reajustes na tarifa (Divulgação/Facebook)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2016 às 13h16.
São Paulo - O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRB, deputado federal Celso Russomanno, afirmou nesta sexta-feira, 29, que o prefeito e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), "mentiu descaradamente" ao afirmar, durante a campanha de 2012, quando ambos também eram adversários, que ele pretendia aumentar a passagem de ônibus para os moradores de regiões periféricas da capital.
Durante sabatina realizada pelo portal UOL, o jornal Folha de S.Paulo e o SBT, Russomanno explicou que sua proposta para esse modal de transporte coletivo não previa em 2012 e não prevê agora reajustes na tarifa, mas uma redução nos preços para moradores que utilizem ônibus foram dos horários de pico e em trechos mais curtos.
"Eu disse que quem andasse no bairro pagaria menos e que o valor máximo permaneceria. É uma proposta para se promover economia local, incentivar a periferia e evitar que a pessoa precise ir ao centro", disse.
"O Haddad inventou uma história, ganhou a eleição (em 2012) e 30 dias depois aumentou a passagem. Como mentiu descaradamente, houve uma onda de quebra-quebra que se iniciou em São Paulo", emendou.
A descentralização proposta pelo candidato seria completada, de acordo com ele, pela diminuição gradativa do Imposto Sobre Serviços (ISS) para empresas que pretendessem se instalar na periferia da capital.
O candidato a prefeito afirmou que, caso seja eleito, irá manter o bilhete único mas disse que pretende acabar com fraudes no sistema, as quais não foram detalhadas por ele.
"O Rio de Janeiro, por exemplo, adota reconhecimento de face que podemos adotar também aqui. Já o subsídio no transporte coletivo tem de existir", afirmou. "Não pretendo elevar as tarifas, mas melhorar a qualidade e descentralizar o transporte".
Uber
Ainda sobre mobilidade urbana, Russomanno classificou como "inconstitucional" e defendeu a revisão do Uber, serviço de carona por meio de um aplicativo, concorrente dos táxis e regulamentado por Haddad.
"Para esse tipo de transporte, mesmo que seja individual, o veículo tem de ter placa vermelha. Mas são veículos particulares, não poderiam fazer aluguel e os motoristas precisariam fazer cursos de capacitação", disse.
"A regularização é inconstitucional e vou revê-la com certeza absoluta. Concorrência não pode ser desleal e predatória".
Russomanno, que é ciclista e diz ter 20 bicicletas, entre as próprias e de familiares, espalhadas em suas residências, criticou as ciclovias criadas durante a gestão Haddad e cobrou um estudo de impacto para a implantação do modal.
Ele defendeu ainda a criação de estruturas, como biclicletários, para promover a integração com outros meios de transporte.
O candidato do PRB prometeu ainda rever a redução nas velocidades máximas de veículos nas marginais do Tietê e do Pinheiros, outra medida do adversário petista, e retirar ambulantes das vias, bem como direcionar o tráfego de motocicletas de baixa cilindrada para as pistas locais.
Já os corredores de ônibus seguirão mantidos pelo poder público, assim como o autódromo de Interlagos, e os complexos do Anhembi e do Pacaembu, de acordo com Russomanno.
O deputado completou as críticas a Haddad dizendo que não o vê ir a Brasília em busca de recursos federais e ainda criticou a discrepância entre metas do prefeito para área de Saúde e as previstas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Ele prometeu incentivar a medicina preventiva e ainda fiscalizar pessoalmente a presença de médicos nos plantões. "Não sou (sic) prefeito de gabinete, sou (sic) prefeito da rua e vou fiscalizar médicos que estarão de plantão", concluiu.