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Rússia mostra estratégia para Copa e Fifa critica Brasil

A Fifa elogiou o empenho russo para 2018 e criticou os atrasos e problemas nos preparativos para o Mundial do Brasil, em 2014

"A Rússia está fazendo com seis anos de antecedência o que o Brasil, a três anos da Copa, não está realizando", afirmou o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil (Fabrice Coffrini/AFP)

"A Rússia está fazendo com seis anos de antecedência o que o Brasil, a três anos da Copa, não está realizando", afirmou o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2012 às 12h54.

Moscou - No dia em que a Rússia apresentou sua estratégia para a organização da Copa do Mundo de 2018, a Fifa criticou os atrasos e problemas nos preparativos para o Mundial do Brasil, em 2014.

O diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, elogiou a criatividade e o compromisso da Rússia para organizar a Copa de 2018 e desta forma evitar os atrasos do Brasil.

'A Rússia está fazendo com seis anos de antecedência o que o Brasil, a três anos da Copa, não está realizando. A Rússia está levando a competição a sério e quer aproveitar esse tempo para se preparar melhor para o evento', disse Weil.

A declaração do funcionário da Fifa foi feita em entrevista coletiva ao lado do ministro de Esportes russo, Vitali Mutko, que apresentou a estratégia do país para a competição.

O ministro afirmou que a Rússia teve pouco tempo para festejar a escolha do país para a sede da Copa de 2018, pois os preparativos para organização da competição já começaram e o tempo passa muito rapidamente.

'Observamos os problemas que os outros países enfrentam para realizar grandes torneios. Tomamos todas as medidas para impulsionar os preparativos da Copa já no primeiro ano', comentou Mutko.

Em setembro, a Rússia anunciará as onze cidades e doze estádios onde serão disputados os jogos. Está previsto que a final e uma semifinal ocorrerão no estádio olímpico Luzhniki, em Moscou. Já a outra semifinal será disputada num estádio em São Petersburgo, que ainda está em construção.

'Os russos querem que o Mundial melhore suas vidas e também a imagem do país', assegurou Alexei Sorokin, diretor-geral do comitê organizador.


A Copa das Confederações, que é disputada por seis seleções campeãs de seus continentes, ocorrerá em 2017 em Moscou, São Petersburgo, Sochi e Kazan.

Mutko também prometeu que o Parlamento russo aprovará ainda neste ano todas as garantias jurídicas exigidas pela Fifa, incluindo a propaganda de cerveja nos estádios, medida que só valerá durante a Copa, já que é proibida por lei no país.

'Queremos que o trabalho do comitê organizador seja transparente e acessível para torcedores e jornalistas e tentaremos informar cada um de nossos passos', assegurou o ministro.

O diretor de marketing da Fifa afirmou que os preparativos estão adiantados e manifestou sua esperança de que não se repitam no país os erros cometidos pela organização brasileira.

'Estamos convencidos que em 2018 o mundo aplaudirá a Rússia por organizar uma Copa fantástica. Como diretor de marketing da Fifa posso assegurar que as perspectivas são muito boas', garantiu.

No entanto, um dos problemas que o país enfrentará para a organização do torneio não é um ponto referente à organização, mas uma questão social: o racismo.

Vários casos de preconceito ocorreram no Campeonato Russo recentemente, um deles envolvendo o lateral Roberto Carlos. Numa partida de seu time, o Anzhi, um torcedor arremessou uma casca de banana em direção ao brasileiro.

'Outros países também têm problemas de racismo. A Rússia não é uma exceção. Mas somos um país aberto, 53% dos jogadores que atuam aqui são estrangeiros', destacou Mutko.

Por sua parte, Weil afirmou que este não é um problema apenas da Rússia e é preciso educar os torcedores de todo o mundo'. EFE.

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