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Rua Paim, no centro de SP, volta a sofrer com falta de luz; moradores fazem panelaço

A rua ficou sem luz em vários momentos na última semana, e a concessionária Enel, responsável pelo fornecimento de eletricidade, chegou a instalar geradores

Apagão no centro de SP: a eletricidade havia sido restabelecida na terça-feira, 26 (Enel/Divulgação)

Apagão no centro de SP: a eletricidade havia sido restabelecida na terça-feira, 26 (Enel/Divulgação)

Publicado em 28 de março de 2024 às 08h40.

A Rua Paim, na região central de São Paulo, voltou a sofrer com falta de eletricidade na noite desta quarta-feira, 27. Imóveis residenciais e comerciais ficaram às escuras, e moradores tentaram organizar um panelaço em protesto.

A rua ficou sem luz em vários momentos na última semana, e a concessionária Enel, responsável pelo fornecimento de eletricidade, chegou a instalar geradores. A eletricidade havia sido restabelecida na terça-feira, 26.

Novo apagão

Após o novo apagão, na noite desta quarta-feira, a Enel informou que "equipes da distribuidora estão no local trabalhando para identificar a causa da falha na rede subterrânea que afetou o fornecimento de energia em um trecho da Rua Paim". A companhia informou que seguirá com equipes atuando na rede subterrânea "até restabelecer o serviço para todos os clientes".

Por que o centro de SP enfrenta falta de energia elétrica?

Segundo a Enel, a interrupção do fornecimento de energia acontece por uma ocorrência na rede subterrânea feita pela Sabesp. Em nota, a empresa disse que uma obra da companhia de saneamento atingiu cabos da rede subterrânea da distribuidora, causando interrupção no fornecimento de energia em alguns bairros. Procurada pela EXAME, a Sabesp ainda não se pronunciou.

“A Enel lamenta os transtornos causados aos clientes que foram impactados nos últimos dias pelas ocorrências envolvendo a rede de distribuição subterrânea da companhia. Reitera que tem mobilizado todos os esforços e recursos para restaurar os parâmetros originais da rede afetada”, escreveu a companhia em nota.]

A empresa afirmou ainda que a manutenção na rede subterrânea é bastante “complexo” e que isso vai demandar tempo.

“Cabe esclarecer que o trabalho na rede subterrânea é bastante complexo, envolve condições de temperatura e espaços confinados para acesso. Equipes da companhia seguem trabalhando nos reparos da rede para normalizar integralmente o serviço”, concluiu. 

Pressão da prefeitura de SP

Em meio aos apagões consecutivos na cidade, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) entrou com uma representação contra a Enel junto ao governo federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Tribunal de Contas da União (TCU). A administração municipal já havia ingressado com duas ações judiciais contra a empresa nesses dois órgãos.

Essa não é a primeira ofensiva do prefeito de São Paulo contra a Enel após falta de energia na cidade. Em dezembro de 2023, o município ficou por 168 horas sem energia depois que uma tempestade atingiu o município. Na época, o prefeito pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneelo cancelamento do contrato de concessão da Enel. A empresa é responsável pela distribuição de energia elétrica na capital paulista e em mais de 23 municípios da região metropolitana.

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