Aécio Neves, candidato presidencial do PSDB, durante um comício com o ex-jogador Ronaldo, no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)
Talita Abrantes
Publicado em 21 de janeiro de 2018 às 15h39.
Última atualização em 21 de janeiro de 2018 às 15h42.
São Paulo — Em entrevista à coluna da Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário afirmou que não se arrepende de ter votado no senador Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições presidenciais de 2014 mesmo diante das investigações que rondam o tucano.
Na época, o atleta chegou a atuar como cabo eleitoral para o mineiro e participou de alguns comícios.
“Ninguém sabia [das suspeitas sobre Aécio]. O Brasil tinha duas opções naquele momento: metade votou no Aécio, metade na Dilma. Ninguém se salvou naquela eleição", disse em entrevista publicada na edição deste domingo do jornal.
No ano passado, Aécio foi gravado pedindo 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista, do grupo J&F. Ele é suspeito de ter indicado um primo, Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro.
Medeiros foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores da campanha do tucano a presidente em 2014. O diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, fez quatro entregas de R$ 500 mil cada uma ao primo de Aécio. A PF filmou uma delas.
Ronaldo afirmou à reportagem que, por outro lado, votaria em Luciano Huck e que já teria conversado com o apresentador sobre a possibilidade de candidatura à Presidência da República. Por ora, Huck nega que tenha intenções de se lançar candidato. "É um cara em quem eu confio”, afirmou o ex-jogador.
Cotado para assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ronaldo afirmou que se sente lisonjeado com as movimentações, mas que antes gostaria de ter experiência como gestor de um clube.
Por ora, ele confessa estudar a compra de um time de segunda divisão da Europa e deve lançar um reality show com a rotina de sua família que deve ser lançado antes da Copa do Mundo, mas que ainda está em fase de negociação. A ideia, segundo ele, é vender o modelo para outros atletas no futuro.