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Ronaldinho abriu mão de 6 voos para estar na CPI das Pirâmides; aeroporto nega cancelamentos

O aeroporto de Porto Alegre informou que não houve nenhum cancelamento de algum embarque que pudesse impedir a ida do ex-atleta para o Congresso Nacional

Naquele mesmo dia houve passagens para Brasília às 5h10, 5h35, 17h54 e 18h45 (Carmen Flores/Getty Images)

Naquele mesmo dia houve passagens para Brasília às 5h10, 5h35, 17h54 e 18h45 (Carmen Flores/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de agosto de 2023 às 11h55.

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, que alegou problemas no voo de Porto Alegre a Brasília para não comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, poderia ter embarcado em seis aviões que partiram de Porto Alegre para a capital federal entre quarta-feira, 23, e o começo da quinta-feira, 24.

Mesmo com a instabilidade climática que fechou o aeroporto porto-alegrense na quarta-feira, a concessionária informou que não houve nenhum cancelamento de algum embarque que pudesse impedir a ida do ex-atleta para o Congresso Nacional.

Naquele mesmo dia houve passagens para Brasília às 5h10, 5h35, 17h54 e 18h45. Na quinta-feira, Ronaldinho ainda poderia partir de lá às 5h21 ou às 5h28 - mas não fez isso.

Condução coercitiva

Como consequência da segunda falta seguida dele, o presidente da CPI das Pirâmides Financeiras, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), pediu a condução coercitiva de Ronaldinho na sessão da quinta-feira. "Tivemos voos que pousaram em Brasília ontem à noite e na manhã desta quarta-feira. Ainda que não tivesse o voo por que não se antecipou?", disse o relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD-SP).

A condução é medida prevista na legislação penal e permite que autoridades conduzam a pessoa, sob escolta policial, para obrigar seu comparecimento na audiência marcada.

O ex-atleta recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para não participar de depoimento. O ministro Edson Fachin negou mas garantiu que ele pudesse ficar em silêncio. Ronaldinho alega que foi vítima porque sua imagem foi usada sem sua autorização.

O empresário Marcelo Lara, ao lado de Ronaldinho, teria criado o site "18k Ronaldinho", que, segundo o requerimento do relator é "alvo de investigações por suspeita de fraudes e pirâmide financeira com investimentos em criptomoedas". Lara sequer foi localizado para ser notificado pelo colegiado e, segundo Aureo Ribeiro, pode estar fora do País.

Na sessão da quinta-feira, apenas o irmão e empresário de Ronaldinho, Roberto de Assis Moreira, deu depoimento e negou ter qualquer envolvimento com a 18k Ronaldinho.

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