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Rodrigo Janot fica em 1.º em votação para chefe do MPF

Lista tríplice foi feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) com indicações para o cargo de procurador-geral da República

Rodrigo Janot: subprocurador-geral da República alcançou 511 votos, seguido pelas subprocuradoras Ela Wiecko, com 457, e Deborah Duprat, 445.  ( Valter Campanato/ABr)

Rodrigo Janot: subprocurador-geral da República alcançou 511 votos, seguido pelas subprocuradoras Ela Wiecko, com 457, e Deborah Duprat, 445. ( Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 23h30.

Brasília - O subprocurador-geral da República Rodrigo Janot ficou em primeiro lugar na votação realizada nesta quarta-feira para compor a lista tríplice feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) com indicações para o cargo de procurador-geral da República. Janot alcançou 511 votos, seguido pelas subprocuradoras Ela Wiecko, com 457, e Deborah Duprat, 445. A subprocuradora Sandra Cureau teve 271 votos e não entrará na lista.

Os nomes serão encaminhados para a presidente Dilma Rousseff, que não é obrigada a seguir as indicações feitas pela ANPR. Desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi escolhido ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, os governos do PT têm seguido a escolha feita pela ANPR, escolhendo sempre o primeiro da lista.

O escolhido substituirá, a partir de agosto, o atual procurador-geral Roberto Gurgel, que ganhou notoriedade após a condenação de 25 réus no processo do mensalão. A disputa ganha contornos políticos porque o novo chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá ter como encargo cuidar de casos criminais de destaque, como a apreciação de recursos do julgamento do mensalão do PT, do mensalão mineiro e da denúncia contra o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Único candidato a contratar uma assessoria de imprensa, Janot defendeu, em entrevista à Agência Estado, que o Ministério Público (MP) "restabeleça as linhas de diálogo" com outros órgãos. "A instituição está vivendo, isoladamente, de outros Poderes", afirmou. Ele também se disse a favor de distribuir as funções do procurador-geral com demais integrantes da categoria e de um aumento na transparência das ações do chefe do Ministério Público Federal (MPF), com o acesso do cidadão a investigações e denúncias que não tiverem sob segredo de Justiça. O novo procurador-geral ficará no cargo até agosto de 2015. Pela primeira vez, a eleição feita pela ANPR contou com a realização de cinco debates - a disputa anterior, dois anos atrás, teve apenas um debate.

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