Greve de caminhões na BR-040: de acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar, os últimos pontos de concentração foram abandonados esta madrugada (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2015 às 14h40.
Porto Alegre - Desde a manhã desta quarta-feira, 11, as rodovias estaduais do Rio Grande do Sul estão livres de protestos de caminhoneiros, que começaram uma paralisação na segunda-feira, 9, pedindo melhores condições de trabalho e a saída da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), os últimos pontos de concentração foram abandonados ao longo desta madrugada.
"Seguimos monitorando, mas por hora não tem absolutamente nada", esclareceu ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o capitão Luís Antônio Machado, chefe da Comunicação Social do Comando Rodoviário da BM.
O número de pontos de concentração nas estradas federais também vem diminuindo. Na segunda-feira, o Rio Grande do Sul chegou a ter 16 trechos com manifestantes.
Conforme o boletim da Polícia Rodoviária Federal divulgado às 11 horas desta quarta-feira, são sete os focos de protesto, em quatro rodovias no Estado - BR-285, BR-472, BR-392 e BR-158.
Em deles há interrupção de tráfego e interdição de pista. Os motoristas de veículos de carga são apenas convidados a aderir à paralisação.
A ação dos caminhoneiros nas rodovias federais foi inibida pelo endurecimento das punições para o caso de interdição de vias.
Os novos valores das multas foram definidos na terça-feira pelo Ministério da Justiça e publicados na edição desta quarta no Diário Oficial da União.
A multa para o veículo que bloquear estrada passou de R$ 1.915 para R$ 5.746, podendo chegar a R$ 19.154 para os organizadores da mobilização.
Os agentes estão orientados para, primeiro, advertir os caminhoneiros, aplicando multa em caso de resistência à desobstrução da via. Em todo o Brasil, os protestos nas rodovias perderam intensidade.
Segundo o capitão Luís Antônio Machado, do CRBM, também há a percepção de que o movimento não teve uma adesão tão expressiva de caminhoneiros.
A greve, organizada pelo grupo intitulado Comando Nacional do Transporte (CNT), não é apoiada pelas principais entidades representativas do setor.
Machado reconhece, no entanto, que o fluxo de caminhões circulando pelas rodovias diminuiu, o que pode sinalizar que muitos caminhoneiros aderiram à greve, mas estão optando por ficar em casa, em vez de se concentrar nas estradas.