Coletor de água na represa de Jaguari em Joanópolis: rodízio de água na capital deve começar até o início de abril (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 10h12.
São Paulo - O rodízio de água na Grande São Paulo pode começar até a primeira quinzena de abril. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o governador Geraldo Alckmin estaria discutindo com aSabesp que as restrições no abastecimento de água na região comecem justamente com o fim do período chuvoso. A expectativa é de que, até lá, a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira também termine.
O modelo, contudo, ainda não teria sido definido. No início da semana, o diretor Metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, afirmou que, para ser efetivo, o rodízio precisaria ser de 5 dias sem abastecimento para 2 dias com água. Segundo o jornal, este seria o formato mais drástico.
O rodízio deve ser anunciado pelo menos um mês antes do início de sua aplicação e deve poupar hospitais, escolas e presídios.
Uma das alternativas estudadas seria aplicar o rodízio, a princípio, somente nas áreas que são atendidas pelo Cantareira. O Sistema abastece toda a zona norte de São Paulo e alguns bairros nas zonas oeste, leste, sul e centro.
De acordo com o jornal, o formato do rodízio vai depender da quantidade de água que precisará ser economizada enquanto não chega o próximo período chuvoso, que tem início somente em outubro.
Nesta quarta-feira,o secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, afirmou que é preciso aguardar pelas chuvas de fevereiro para saber se o rodízio será necessário.
De qualquer forma, é bastante provável que o rodízio seja implantado já que, até agora, só choveu 54% do que era esperado para o período, o que agravou ainda mais a situação dos reservatórios do Sistema Cantareira.
Segundo a publicação, qualquer que seja o modelo de racionamento escolhido, é necessário que a Sabesp forneça pelo menos dois dias seguidos de abastecimento, para garantir que os locais mais distantes dos reservatórios recebam água.