Entidades realizaram um grande ato em repúdio à realização da Copa do Mundo no Brasil (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2014 às 21h59.
Rio - Professores das redes estadual e municipal do Rio, em greve desde o dia 12 de maio, interditaram no fim da tarde desta sexta-feira as duas pistas da Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, no sentido Candelária.
Eles desobstruíram a via após alguns minutos, por volta das 17h. Ao contrário de quarta-feira, quando a polícia reprimiu o movimento, ontem a pista foi liberada pacificamente.
Os professores se reuniram em assembleia pela manhã e decidiram manter a greve.
No encontro, a direção do Sindicato Estadual de Profissionais de Ensino (Sepe) repudiou a violência usada pela Polícia Militar para reprimir um ato da categoria na última quarta-feira e anunciou que vai arcar com as despesas médicas de um professor agredido que precisou passar por cirurgia.
Pelo menos cinco docentes ficaram feridos na ocasião.
A desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça, convocou para a próxima quarta-feira, 4, uma reunião de conciliação entre o Sepe, Prefeitura do Rio e governo do Estado.
Na última terça-feira a desembargadora decretou a ilegalidade da paralisação e determinou o pagamento de R$ 300 mil de multa diária em caso de descumprimento da decisão.
Contra a Copa
Outro grupo que interditou o trânsito durante manifestação no Rio ontem à tarde foram ativistas que protestaram contra a Copa.
Eles se reuniram na Cinelândia por volta de 17h30 e seguiram depois até a avenida Presidente Vargas, onde se encontraram com os professores.
Cerca de 300 pessoas seguiram então até a frente da prefeitura, onde permaneceram até por volta das 19h30.