Brasil

Rio tem 13 mil famílias em áreas de alto risco, diz Paes

Segundo prefeito do Rio, desde o início de sua gestão, em 2009, 20 mil famílias foram reassentadas

Em Palmeiras, no Complexo do Alemão, 20 famílias estão desalojadas. Há risco de desabamento das casas por causa da chuva forte (Tomaz da Silva/Agência Brasil)

Em Palmeiras, no Complexo do Alemão, 20 famílias estão desalojadas. Há risco de desabamento das casas por causa da chuva forte (Tomaz da Silva/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 17h16.

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou, na tarde desta quinta-feira, 12, que cerca de 13 mil famílias moram em áreas de alto risco na cidade. Segundo ele, desde o início de sua gestão, em 2009, 20 mil famílias foram reassentadas. Paes chamou de "demagogos de plantão" os críticos da política de reassentamento.

"A região de Acari e Fazenda Botafogo (que estão entre as mais afetadas pelo temporal de quarta-feira, 11) é de acúmulo de sedimentos carregados pelo rio Acari. Este rio está todo em obras, mas são obras difíceis. Com a enchente de ontem, a área recebeu ainda mais sedimentos. Mas tem os demagogos de plantão. Na época do verão, eles somem quando acontecem essas tragédias. Quando acaba o verão, eles dizem que estamos removendo os pobres de suas casas e a imprensa dá cobertura para isso. Não podemos permitir que pessoas continuem morando em beira de rio ou áreas de risco", disse Paes. No bairro de Fazenda Botafogo, a água do rio Acari entrou nas casas mais próximas e chegou a atingir dois metros de altura.

O prefeito esteve na tarde desta quinta-feira na Região Administrativa de Irajá (zona norte), onde se reuniu com técnicos da prefeitura. Depois, acompanhou o trabalho de limpeza e recuperação dos bairros mais afetados na região. O prefeito prometeu anunciar nos próximos dias um pacote de intervenções físicas, como redes de drenagem, pontes e dragagem de rios, para que a zona norte possa voltar à normalidade.

Paes avaliou como positivo o trabalho da prefeitura na região. "Está caminhando bem. Como muitas casas alagaram, a prefeitura faz a limpeza das ruas, mas as pessoas continuam tirando entulho de dentro de casa. Nas áreas onde conseguimos entrar ontem, a situação está bem melhor, mas nos bairros onde só conseguimos chegar hoje, como Fazenda Botafogo, Acari e Parque Columbia, ainda vamos precisar de mais 48 horas para fazer toda a limpeza", afirmou.

Questionado sobre o alagamento da recém-inaugurada Via Binário, na região portuária, Paes disse que o episódio foi inadmissível. "Não pode uma intervenção daquele porte e daquela importância apresentar o alagamento visto ontem. A concessionária Porto Novo vai ser multada e já anunciou um plano de contingência", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Chuvascidades-brasileirasDesastres naturaisDeslizamentosEduardo PaesEnchentesMDB – Movimento Democrático BrasileiroMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosRio de Janeiro

Mais de Brasil

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados