Governador do Rio, Sérgio Cabral: "a criminalidade está tentando enfraquecer nossa política de pacificação e retomada de territórios que estavam nas mãos da criminalidade" (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 08h28.
Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), vai pedir nesta sexta-feira à presidente Dilma Rousseff o apoio de forças federais para conter os ataques contra Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em favelas da capital fluminense, após uma nova onda de violência que deixou ao menos três policiais feridos.
Três áreas com UPP na zona norte foram alvo de ataques na noite de quinta-feira, quando supostos traficantes que resistem à presença policial nas comunidade atacaram bases de apoio das unidades e balearam policiais. No Complexo de Manguinhos, as ruas ficaram às escuras em consequência da troca de tiros.
"A criminalidade está tentando enfraquecer nossa política de pacificação e retomada de territórios que estavam nas mãos da criminalidade", disse o governador a jornalistas na madrugada desta sexta-feira, após reunião de emergência do Gabinete de Crise do governo para discutir o problema da violência.
"Estamos enfrentando o problema, mas precisamos das forças federais nos apoiando nesse momento para que a resposta seja mais contundente", acrescentou.
O governo estadual informou que Cabral vai se reunir em Brasília nesta sexta com Dilma e alguns ministros para acertar o apoio de forças federais às forças de segurança do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada após reunião da cúpula de segurança do Estado.
Os ataques de quinta à noite se somam a outros incidentes recentes contra as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que foram instaladas em favelas cariocas a partir de 2008 como parte de um programa de combate à violência do tráfico de drogas.
Na semana passada, um sub-comandante da UPP da Penha foi morto com um tiro de fuzil em um confronto com traficantes, se tornando o quarto policial morto só este ano nos complexos do Alemão e da Penha, ambos com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).