RETA FINAL DA MARATONA: faltam sete dias para que o sucesso esportivo continue predominando no Rio de Janeiro / Johannes Eisele/ Reuters
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2016 às 06h04.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h14.
A segunda semana dos Jogos Olímpicos começa com aquela sensação de ansiedade no ar. Antes do inícios das disputas se previa um fracasso inesquecível formado por um pacote com crise política, criminalidade, poluição, ameaça de terrorismo, zika vírus. Mas os jogos começaram, e a percepção foi mudando. A revista VEJA deste fim de semana traz um levantamento da FGV feito em 450.000 posts de redes sociais que revela uma predominância de menções favoráveis ao Rio. Mas ainda falta uma semana pela frente, e eventos inesperados continuam a acontecer – até aqui, nenhum deles de maiores proporções, é verdade.
No fim de semana, o astro da natação americana Ryan Lochte foi assaltado junto com outros três atletas na saída de uma festa e teve uma arma apontada para a cabeça por se recusar a sair do táxi. No fim, perdeu apenas a carteira. O episódio reforçou a preocupação da imprensa estrangeira, que deu bastante destaque na semana passada para a morte do soldado da Força Nacional Hélio Vieira Andrade e a consequente ocupação da Vila do João, no complexo de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio. Na quinta, foram presos mais dois suspeitos de terrorismo e de possíveis ataques durante a competição.
Fora, isso os imprevistos se acumulam – todos eles normais em eventos dessa proporção. No domingo, manifestantes tentaram invadir a maratona feminina. Na semana passada, a piscina de saltos ornamentais ficou verde por excesso de algas. No sábado, o equipamento do salto com vara falhou, e a prova teve que seguir normalmente.
No geral, predominam mesmo os elogios. Até a água da Baía de Guanabara tem sido elogiada pelos competidores. Os resultados esportivos também ajudam. Depois da consagração do nadador Michael Phelps, que levou cinco ouros, na noite de ontem o velocista Usain Bolt tornou-se o primeiro tricampeão dos 100 metros na história. O estádio olímpico veio abaixo. No fim, são os atletas que têm o poder de transformar a Rio 2016 num evento inesquecível. Cabe à cidade oferecer as condições. Falta uma semana para o ouro.