No estado, 89% dos casos de covid são da variante delta (Eduardo Frazão/Exame)
Agência O Globo
Publicado em 6 de setembro de 2021 às 13h51.
Última atualização em 6 de setembro de 2021 às 14h16.
Mais 365.000 doses de vacina da Pfizer chegaram ao Rio de Janeiro neste fim de semana. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), os imunizantes foram entregues pelo Ministério da Saúde na noite de sábado, dia 4, e no domingo, dia 5, à Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da pasta.
A remessa é destinada à primeira e à segunda doses do esquema vacinal. Nesta segunda-feira, dia 6, de acordo com a SES, estão sendo entregues os lotes para as cidades que fazem a retirada do imunizante: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Volta Redonda.
Segundo a secretaria, não há previsão de novos recebimentos.
Com a nova remessa, há a possibilidade da vacinação contra a covid-19 de adolescentes ser retomada nos próximos dias na cidade do Rio. A aplicação foi suspensa na última semana por falta de doses. A vacina da Pfizer é o único imunizante autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em menores de idade.
Na madrugada de sexta-feira, dia 3, o município recebeu 86.600 doses, remessa apenas suficiente para a distribuição da segunda dose durante a próxima semana, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Por outro lado, a aplicação da segunda dose da Coronavac, que estava suspensa desde quinta-feira,
foi retomada neste sábado.
Neste fim de semana, a secretaria estadual informou ter recebido 547.800 doses do lote 202108113H, interditado pela Anvisa por ter sido envasado numa fábrica da China que não passou pelo processo de inspeção da agência. O número corresponde a 64% das 858.800 doses recebidas pela SES nesta sexta, dia 3, uma das maiores remessas do imunizante do Butantan.
As cidades que receberam vacinas foram orientadas a não usá-las, o que pode afetar a distribuição da segunda dose da Coronavac nesses municípios nos próximos dias. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a possível aplicação de alguma dessas doses, caso já tenha acontecido, não é motivo para pânico.
A última rodada de análises realizada pela SES, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), revelou que 89,18% das amostras eram da variante delta e 10,82%, da variante gamma. Para o levantamento, o programa de vigilância genômica da covid usou 370 amostras coletadas entre 4 e 16 de agosto. Petrópolis confirmou que três mortes de pacientes que estavam internados na rede pública no mesmo período foram pela delta.
A prefeitura da cidade informou que, dos cinco casos de delta detectados pelo estudo, um era de uma paciente de 19 anos, moradora do Chácara Flora, a qual teve alta e passa bem; outro de uma mulher de 59 anos, moradora de Corrêas, que ainda está internada em leito clínico, apresentando quadro estável; e os demais foram os três casos de idosos com 90, 78 e 73 anos, todos com comorbidades, que foram a óbito.