O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 30, um plano de recuperação para o estado. Intitulado "Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável", a iniciativa, segundo o próprio governo estadual, busca ser um “legado” para o povo gaúcho.
De acordo com o comunicado, o projeto, em parceria com a Invest RS, agência de desenvolvimento, foi desenhado por mais de 500 participantes, envolvendo agentes dos setores público e privado. O programa é baseado em três pilares — econômico, inclusivo e sustentável — e pretende atrair investimentos para o estado .
"Temos um potencial enorme em diversas áreas e, com os desdobramentos do plano, estamos muito confiantes de que daremos um salto em direção a um futuro à altura do que merece a nossa população nos próximos anos", afirmou o governador Eduardo Leite.
Em abril e maio deste ano, o Rio Grande do Sul foi atingido por chuvas e inundações que paralisaram a economia do estado. Logo após a tragédia, economistas projetaram um efeito negativo no segundo trimestre, mas, conforme os indicadores de atividade foram sendo divulgados mês a mês, revelou-se que esse impacto não foi tão severo quanto o esperado inicialmente.
A economia gaúcha representa cerca de 6,5% do PIB nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além do impacto imediato sobre a produção agrícola, que se confirmou, as chuvas e os alagamentos impediram o consumo, interromperam a produção de fábricas e a prestação de serviços, provocando perdas de maquinário e estoques.
"O Plano é um roadmap que mostra como estaremos lá na frente se seguirmos as indicações [...] É ousado, mas se não fizermos diferente, vamos ficar no mesmo lugar [...] O Plano tem os pés no chão, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, durante o lançamento.
Segundo o governador, a ideia é investir em setores nos quais o estado já está consolidado, mas que têm potencial para impulsionar o crescimento local. Entre os segmentos citados estão agropecuária, turismo, transição energética, infraestrutura e fertilizantes, entre outros. "O estado precisa priorizar os investimentos que gerem desenvolvimento", afirmou.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)
Agência de desenvolvimento Investe RS
Um dos instrumentos para a execução prática do plano lançado nesta quarta-feira é a implantação da Agência de Desenvolvimento Invest RS. De acordo com o governo, a agência fortalece a agenda estratégica integrada entre os atores do setor público e privado para atrair investimentos e promover os produtos do Rio Grande do Sul no cenário nacional e internacional.
"É o caminho para tornar o Rio Grande do Sul mais eficiente, competitivo e um ambiente acolhedor ao empreendedorismo. A Agência [...] é um mecanismo que vai nos dar mais proatividade na atração de investimentos e abertura de mercados, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.
Na presidência da Invest RS foi indicado Rafael Priklandnicki, ex-diretor do Tecnopuc. Além dele, a agência conta com a missão de executar políticas públicas de desenvolvimento relacionadas à atração de investimentos e à promoção comercial. "Não é só sobre atrair investimentos, mas como promover o que temos lá fora", diz Leite.