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Rio Grande do Sul lança plano para alavancar recuperação do estado após enchentes

Projeto, em parceria com a Invest RS, foi desenhado por mais de 500 participantes, envolvendo setores público e privado

 (Governo do RS/Divulgação)

(Governo do RS/Divulgação)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 30 de outubro de 2024 às 16h27.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 30, um plano de recuperação para o estado. Intitulado "Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável", a iniciativa, segundo o próprio governo estadual, busca ser um “legado” para o povo gaúcho.

De acordo com o comunicado, o projeto, em parceria com a Invest RS, agência de desenvolvimento, foi desenhado por mais de 500 participantes, envolvendo agentes dos setores público e privado. O programa é baseado em três pilares — econômico, inclusivo e sustentável — e pretende atrair investimentos para o estado .

"Temos um potencial enorme em diversas áreas e, com os desdobramentos do plano, estamos muito confiantes de que daremos um salto em direção a um futuro à altura do que merece a nossa população nos próximos anos", afirmou o governador Eduardo Leite.

Em abril e maio deste ano, o Rio Grande do Sul foi atingido por chuvas e inundações que paralisaram a economia do estado. Logo após a tragédia, economistas projetaram um efeito negativo no segundo trimestre, mas, conforme os indicadores de atividade foram sendo divulgados mês a mês, revelou-se que esse impacto não foi tão severo quanto o esperado inicialmente.

A economia gaúcha representa cerca de 6,5% do PIB nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além do impacto imediato sobre a produção agrícola, que se confirmou, as chuvas e os alagamentos impediram o consumo, interromperam a produção de fábricas e a prestação de serviços, provocando perdas de maquinário e estoques.

"O Plano é um roadmap que mostra como estaremos lá na frente se seguirmos as indicações [...] É ousado, mas se não fizermos diferente, vamos ficar no mesmo lugar [...] O Plano tem os pés no chão, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, durante o lançamento.

Segundo o governador, a ideia é investir em setores nos quais o estado já está consolidado, mas que têm potencial para impulsionar o crescimento local. Entre os segmentos citados estão agropecuária, turismo, transição energética, infraestrutura e fertilizantes, entre outros. "O estado precisa priorizar os investimentos que gerem desenvolvimento", afirmou.

Agência de desenvolvimento Investe RS

Um dos instrumentos para a execução prática do plano lançado nesta quarta-feira é a implantação da Agência de Desenvolvimento Invest RS. De acordo com o governo, a agência fortalece a agenda estratégica integrada entre os atores do setor público e privado para atrair investimentos e promover os produtos do Rio Grande do Sul no cenário nacional e internacional.

"É o caminho para tornar o Rio Grande do Sul mais eficiente, competitivo e um ambiente acolhedor ao empreendedorismo. A Agência [...]  é um mecanismo que vai nos dar mais proatividade na atração de investimentos e abertura de mercados, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

Na presidência da Invest RS foi indicado Rafael Priklandnicki, ex-diretor do Tecnopuc. Além dele, a agência conta com a missão de executar políticas públicas de desenvolvimento relacionadas à atração de investimentos e à promoção comercial. "Não é só sobre atrair investimentos, mas como promover o que temos lá fora", diz Leite.

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