Turismo vai engordar orçamento de pequenas e grandes empresas durante a folia (Getty images)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2011 às 10h05.
Rio de Janeiro - Do consumo em bares e restaurantes às compras em lojas e supermercados, o Carnaval, maior festa carioca, deve gerar US$ 560 milhões - quase R$ 1 bilhão pelo câmbio turismo de sexta-feira (4). A cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016 espera receber cerca de 750 mil visitantes, a maioria estrangeiros, segundo estimativa da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). No ano passado, foram 700 mil turistas e receita de US$ 500 milhões.
Para autoridades locais e agentes de turismo, o crescimento no número de visitantes deve-se a visibilidade gerada pela organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Outro fator de atração é a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades antes dominadas pelos traficantes.
Segundo pesquisa promovida pelo Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL/Rio) com 750 empresários, a expectativa é que haja aumento de 10% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) confirma que a taxa de ocupação já ultrapassou 95%.
Chopp em Ipanema
Um brinde ao Rio de Janeiro! Tomando chopp no meio da tarde em Ipanema, bairro da zona sul carioca, os canadenses Bill e Gloria Ondrack, que chegaram esta semana para a festa, mostram que já incorporaram um dos hábitos cariocas. Na primeira visita ao Brasil, eles escolheram o período do Carnaval para conhecer de perto a folia da cidade. Tiveram uma amostra da festa com a passagem de um bloco pelo bairro.
“As pessoas são muito alegres e amigáveis”, elogia Gloria. “Até tentei dançar, só que é mais fácil ver”, brinca Bill, ressaltando que adorou a animação das ruas à noite. O dono do bar ‘Tô nem aí’, onde o casal canadense se divertia, conta que a casa com 150 lugares está quase sempre lotada. “Meu faturamento dobra neste período”, informa Fábio Bocco.
Um pequeno mercadinho do mesmo bairro, o Kikarnes, também se beneficia da movimentação. A receita é mais modesta, cerca de 10%, mas a chegada dos estrangeiros muda a oferta. “Aumentamos o estoque de bebidas e colocamos sandálias de borracha na porta, o que sempre atrai a atenção deles”, conta o gerente Mário Meireles.