Protesto de mulheres de militares: PM garante que 97% do efetivo policial está nas ruas (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 16h21.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2017 às 16h23.
O comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Wolney Dias, convocou representantes das mulheres de policiais militares para uma reunião, na tarde deste sábado (11), no quartel general da corporação. Foram convocadas duas representantes de cada batalhão, com o objetivo de tentar uma solução para o movimento que bloqueia diversas unidades desde ontem (10), impedindo a saída de viaturas.
A Polícia Militar (PM) garante que 97% do efetivo policial está nas ruas. Em um trajeto de 20 quilômetros por quatro bairros da zona norte, entre 10h e 12h, a reportagem da Agência Brasil contou seis viaturas, sendo que duas delas estavam paradas em cruzamentos.
Em frente ao 4º Batalhão, no bairro de São Cristóvão, as esposas de policiais impediam a saída de qualquer viatura. "A mobilização está tranquila, estão entrando viaturas, mas não estão saindo. Quem entra, não sai. Estamos dispostos a conversar com o comando, mostrar nossas reivindicações. Para finalizar o movimento, não é só regularizar o 13º e o salário. Tem as condições de trabalho, como escalas melhores, viaturas que não estraguem, equipamentos novos", disse Luciana Guimarães.
Outro grupo de mulheres impedia a saída de viaturas do 6º Batalhão, no bairro da Tijuca, também na zona norte. Além de esposas havia também mães de policiais. "Ele escolheu e ama ser policial. Mas eu fico angustiada. Porque a gente não sabe se eles voltam. Mexe com o coração da gente. Se dependesse de mim, ele não seria policial", disse Margarida Carvalho, que é mãe de um policial.
As esposas dos PMs reivindicam a regularização no pagamento de salário, o décimo-terceiro salário, o pagamento de horas-extras, conhecidas como Regime Adicional de Serviço (RAS) e melhorias nas condições de trabalho e de equipamentos.