Os crimes cibernéticos são outra preocupação dos militares, que montaram uma equipe de especialistas (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2012 às 22h27.
Rio de Janeiro – O combate a possíveis atos de terrorismo e de crimes cibernéticos durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) será feito por duas unidades especiais criadas para o evento. O grupo encarregado de combate ao terror é formado por integrantes da Brigada de Operações Especiais do Exército, Fuzileiros Navais da Marinha, Polícia Federal e Polícia Militar. O centro de inteligência vai funcionar na sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio.
O coordenador de Segurança da Rio+20 e comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, considera baixas as possibilidades de atos terroristas no país, mas destacou que todas as informações serão trabalhadas pelo grupo de contraterror. Ele participou hoje (28), ao lado do ministro da Defesa, Celso Amorim, da apresentação do esquema de segurança para a conferência, que disponibilizará, a partir do dia 5 de junho, cerca de 15 mil homens das Forças Armadas e das diversas polícias nas ruas do Rio.
“Na área externa, a Agência Brasileira de Inteligência [Abin] está fazendo todos os levantamentos de possíveis ameaças. [Quanto ao terror,] não acredito que nós sejamos imunes a isso. A probabilidade é baixa, mas teremos uma preocupação e vamos adotar dispositivos para que essas ameaças não se concretizem”, disse o general.
Os crimes cibernéticos são outra preocupação dos militares, que montaram uma equipe de especialistas. O grupo atuará diretamente no Riocentro, onde ocorrerá a cúpula dos chefes de Estado e de governo, para evitar que hackers invadam a rede oficial ou que possam até provocar danos às redes de energia elétrica ou de telecomunicações, que hoje em dia são totalmente controladas por sistemas de informática. O Centro de Monitoramento Cibernético também será coordenado pelo Exército, com a ajuda da Abin, Polícia Federal e Polícia Civil.
O general ressaltou que não haverá qualquer apoio estrangeiro na operação das redes contraterror ou contra crimes cibernéticos. “Nós temos meios para fazermos isso. Só teremos apoio [estrangeiro] na área de inteligência. Qualquer chefe de Estado que vier aqui terá segurança necessária, de acordo com o grau de risco.”