Propaganda contra a dengue é vista com elogios, mas pesquisadores acreditam que pode ser aprimorada (James Gathany/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2011 às 17h59.
São Paulo - Uma série de estudos feita pela revista científica britânica Lancet sobre a saúde dos brasileiros sugere que governo amplie gastos na área, melhore a infraestrutura para reduzir a elevada dependência de serviços privados e reforce as ações para o combate à obesidade e à dengue. Os cientistas destacam a necessidade de ampliar o controle de propagandas de alimentos infantis, tabaco e outros produtos potencialmente prejudiciais, como álcool e refrigerantes com açúcar.
Preparado por um grupo de 29 pesquisadores brasileiros, o trabalho mostra - por meio da análise de uma série de estudos e dados estatísticos - que, embora o acesso da população brasileira aos serviços de saúde tenha aumentado, a qualidade do atendimento em muitas áreas ainda é ruim. Gastos públicos são menores que o ideal e, apesar do sucesso alcançado no controle de algumas doenças infecciosas, o País fracassou no controle da dengue e da leishmaniose.
Mesmo o programa de aids, sempre alvo de referências elogiosas, é visto como uma estratégia que precisa ser aprimorada - sobretudo com o aumento de recursos para diagnóstico e tratamento em municípios de pequeno e médio porte.
Entre os sucessos destacados pela série está a redução da mortalidade infantil, a interrupção da transmissão da doença de Chagas pelo inseto, a queda no índice de mortes por diarreia e cólera e o controle da doenças pelo uso de vacinas. Também é destacada a redução das infecções por hepatite A e B. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.