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Reunião definirá ações da PM para desobstruir vias em SP

Segundo a prefeitura, os problemas desta quarta concentram-se nos terminais de ônibus das zona norte, oeste e central da cidade

Jilmar Tatto: secretário voltou a classificar o movimento como uma sabotagem (Fábio Arantes/SECOM)

Jilmar Tatto: secretário voltou a classificar o movimento como uma sabotagem (Fábio Arantes/SECOM)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 15h40.

São Paulo - O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, anunciou uma reunião com o secretário de Estado de Segurança Pública, Fernando Grella, na tarde desta terça feira, 21, para coordenar ações da Polícia Militar para garantir a desobstrução de vias bloqueadas por motoristas de ônibus que protestam em São Paulo.

Tatto voltou a classificar o movimento como uma sabotagem e anunciou a suspensão do rodízio na tarde desta quarta.

Segundo o secretário, o sindicato que representa as empresas de ônibus tenta buscar junto à Delegacia Regional do Trabalho a decretação da ilegalidade do movimento grevista que prejudica a cidade desde esta terça-feira, 20.

Na prática, isso significaria a possibilidade de demissão por justa causa de motoristas e cobradores que participam do movimento, não reconhecido pelo sindicato oficial que representa a categoria.

Segundo a prefeitura, os problemas desta quarta concentram-se nos terminais de ônibus das zona norte, oeste e central da cidade.

Tatto afirmou que há dificuldade em acionar o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) por causa da falta de veículos para substituir os coletivos paralisados pelo movimento.

O secretário voltou a afirmar que não há a certeza sobre quem são os líderes do movimento grevista. "Pela minha experiência política, é comum se fazer greve antes das decisões trabalhistas. Esta greve está sendo feita depois."

Segundo a prefeitura, o prefeito Fernando Haddad só deve se manifestar sobre os problemas desta quarta-feira depois da reunião dos secretários Tatto e Grella e depois da negociação que Medeiros que conduzirá com os motoristas da Viação Santa Brígida.

DRT

Quatro representantes dos motoristas e cobradores de ônibus paralisados em São Paulo representarão a categoria na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) na tarde desta quarta.

A decisão foi tomada após uma reunião na garagem da empresa Santa Brígida, na zona norte, da qual participou o superintendente do Ministério do Trabalho, Luiz Antonio Medeiros.

Depois da audiência, os trabalhadores das empresas Santa Brígida e Gato Preto farão uma assembleia às 18h na frente da garagem, na Rua Manuel Monteiro de Araújo, para decidir se aceitam os termos debatidos e se continuam paralisados.

Um dos representantes dos trabalhadores é Anderson Reis, de 33 anos, empregado da Santa Brígida. Segundo ele, os funcionários paralisados pedem 30% de reajuste salarial, podendo chegar a 22%.

Além disso, eles reivindicam R$ 25 de vale-refeição, participação de R$ 1,6 mil nos lucros e resultados das empresas, entre outros.

Nenhum representante dos motoristas e cobradores paralisados em São Paulo compareceu à audiência de conciliação ocorrida na manhã desta quarta-feira, 21, na sede da DRT, na região central.

Por esse motivo, o superintendente do Ministério do Trabalho, Luiz Antonio Medeiros, resolveu ir pessoalmente à garagem da Santa Brígida para se reunir com os funcionários paralisados.

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