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Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2012 às 14h32.
Brasília – A reunião da presidente Dilma Rousseff na tarde de hoje (20) com o presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto (Partido Revolucionário Institucional, PRI), no Palácio do Planalto, servirá para “elevar as relações” entre os dois países, segundo o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. Segundo ele, há uma “pauta muito ampla” para o encontro.
A expectativa é que Dilma e Peña Nieto conversem sobre o incremento de parcerias para o comércio bilateral e os esforços no combate aos cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas que atuam nas fronteiras do México com os Estados Unidos e que geram impactos em toda a região.
“Estamos valorizando a intenção do presidente Peña Nieto de encontrar a presidente aqui. Tem uma pauta muito ampla. A presidente tem uma expectativa de que possamos elevar mais as relações entre o México e o Brasil”, disse Garcia, após cerimônia no Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty. “Estamos otimistas com essa conversa”, destacou.
Ontem, Peña Nieto disse a empresários em São Paulo que está interessado em alcançar uma maior integração entre Brasil e México, a começar pelas relações comerciais. Peña Nieto participou de um encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
Para o presidente eleito, é fundamental ainda intensificar as parcerias e os esforços internos para o combate aos cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas no México. Segundo ele, seu governo terá a obrigação de combater o crime organizado. De acordo com Peña Nieto, não cabem modelos de negociação e o Estado tem que “fazer prevalecer a lei”.
Eleito em julho com cerca de 19 milhões de votos – 3 milhões a mais que Andrés Manuel López Obrador, candidato da coalizão de esquerda –, Nieto toma posse em 1º de dezembro. Segundo ele, uma das prioridades é estreitar laços e aprofundar o relacionamento político e econômico com os países da América Latina.
Por sete décadas até o ano 2000, o PRI (partido do presidente eleito) governou o México. O desafio do novo governo, segundo especialistas, é enfrentar e conter os avanços dos dez maiores cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas que atuam no país, espalhando violência e medo, principalmente, nas regiões de fronteira.
Depois do Brasil, ele ainda passará por mais cinco países latino-americanos: Guatemala, Colômbia, Chile, Argentina e Peru. Esse é seu primeiro compromisso internacional após eleito presidente do México.