Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski: a reunião com o ministro estava agendada para a próxima quarta-feira, mas foi adiantada em um dia (Lula Marques/ Agência PT)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2016 às 22h38.
Brasília - Líderes da oposição vão se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira, 8, às 16h. Com o encontro, o objetivo dos deputados é pedir maior celeridade no julgamento dos embargos que questionam os ritos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Inicialmente, a reunião dos parlamentares com o ministro estava agendada para a próxima quarta-feira, mas foi adiantada em um dia a pedido dos parlamentares. A mudança na data da reunião ocorre após suposta delação premiada do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), divulgada pela revista IstoÉ na semana passada.
Mais cedo, a oposição anunciou que só protocolará o aditamento do processo de impeachment da presidente Dilma depois que a delação de Delcídio for homologada na Justiça. O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), contudo, já está elaborando uma "minuta de representação" contra a presidente Dilma, com base nas acusações que teriam sido feitas por Delcídio.
Mais cedo, opositores da Câmara e Senado também prometeram obstruir todas as votações em plenário, até que a comissão especial do impeachment seja instalada. A ideia é paralisar todas as votações, até mesmo as defendidas por opositores.
Os líderes contrários ao governo apostam que o STF aceitará os embargos e mudará de posição, permitindo que a comissão especial seja instalada por meio de voto secreto e que sejam aceitam chapas avulsas. Caso isso aconteça, eles defenderão que sejam mantidos os mesmos integrantes da comissão eleita em dezembro.
Na semana que se inicia nesta segunda-feira, os senadores deveriam votar em plenário propostas sobre os Jogos Olímpicos do Rio de 2016, a reforma administrativa do governo, a regulamentação de empresas juniores em universidades e a Lei Geral das Estatais. Já na Câmara, estão em pauta propostas polêmicas como o texto que aumenta os recursos federais para a Saúde (Proposta de Emenda à Constituição 1/15) e o projeto que suspende a fórmula de cálculo da renegociação de dívidas dos governos dos Estados (Projeto de Decreto Legislativo 315/16).