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Retrospectiva 2021: o pior da covid-19; crise do clima; e busca por Lázaro

Veja alguns dos assuntos mais buscados pelos leitores de EXAME ao longo de 2021

A enfermeira Monica Calazans, 54, recebeu a primeira dose de vacina contra a covid-19 no Brasil, no dia 17 de janeiro. (Amanda Perobelli/Reuters)

A enfermeira Monica Calazans, 54, recebeu a primeira dose de vacina contra a covid-19 no Brasil, no dia 17 de janeiro. (Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 09h00.

Assim que o ano de 2020 acabou, uma grande esperança surgia no enfrentamento à covid-19: a vacina. Logo em janeiro, no dia 17, a primeira pessoa foi imunizada no estado de São Paulo. Mas o ritmo lento de vacinação, e o surgimento de novas variantes fez com que o pior momento da doença fosse registrado em 2021.

Apesar do coronavírus ter dominado o noticiário brasileiro ao longo do ano, outros fatos chamaram a atenção, como as tempestades de areia que atingiram vários estados, a crise hídrica, que fez a conta de luz subir, e a caçada a Lázaro Barbosa, que mobilizou centenas de policiais em Goiás. Veja os assuntos mais lidos pelos leitores de EXAME ao longo de 2021.

Covid-19: vacina e variantes

Mônica Calazans, enfermeira de 54 anos, que esteve na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Emílio Ribas, foi a primeira brasileira a receber uma vacina contra a covid-19 no Brasil. Ela foi imunizada no dia 17 de janeiro, logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford no país.

Mas o momento de esperança deu lugar a um dos piores cenários da pandemia de covid-19, com recorde de casos e mortes. O atraso na chegada da vacina ao braço dos brasileiros foi inclusive tema da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado. Pouco menos de um mês após a primeira vacina aplicada, o país se fechou, aplicando uma dura restrição nas principais cidades do país, incluindo a cidade de São Paulo, que aplicou toque de recolher à noite.

O Brasil enfrentou o pior momento da pandemia, que passou dos 617 mil mortes e mais de 22 milhões de pessoas infectadas. Conforme a vacinação aumentou - são mais de 66% da população com a imunização completa - os números diários diminuíram, mas o surgimento da variante Ômicron ligou o alerta das autoridades de saúde. As tradicionais festas de réveillon foram canceladas e a realização do carnaval tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro ainda está em aberto.

Tempestades de areia

Tempestades de terra e poeira foram registradas em São Paulo e em estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Maranhão,  em outubro, e demonstraram a necessidade de ações para conter os extremos climáticos. A mudança exige tanto ações locais, como a mudança nas formas de cultivo na agricultura, quanto de maior abrangência, como o fim do desmatamento da Amazônia.

Estudos como o relatório do IPCC deste ano já haviam constatado que episódios como esses se tornaram cada vez mais frequentes e evidentes, e que o momento de mudar é agora. Embora essas tempestades (chamadas também de haboob) sejam registradas em períodos de seca de forma pontual todos os anos, alguns casos recentes, como os da região de Franca e de Ribeirão Preto, chamaram a atenção pela força e pela frequência.

O clima também afetou o bolso, principalmente na conta de luz. A crise hídrica levou a baixa histórica dos reservatórios das hidroelétricas do Sudeste, o que necessitou ao acionamento das termoelétricas, mais caras. Desde setembro, está em vigor a bandeira de escassez hídrica, a mais cara do sistema, que acrescenta 14,20 reais a cada 100 kWh consumidos. Ela deve ser mantida até abril de 2022.

Busca por Lázaro

Após 20 dias de uma megaoperação, Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi morto pela polícia no dia 28 de julho, depois de mais um confronto com agentes que integram a força-tarefa criada para procurá-lo. A caçada mobilizou 270 policiais helicópteros, cães farejadores, drones e a cavalaria. O fato ficou em destaque no noticiário nacional.

Durante as buscas ao serial killer, ele passou por uma série de locais, que começou em Cêilandia, no Distrito Federal, onde, segundo a polícia, o criminoso matou quatro pessoas de uma mesma família. De lá, ele seguiu para Cocalzinho de Goiás, onde foi visto na região rural de Edilândia e Girassol.

Nesse período em que fugiu do cerco policial, Lázaro invadiu propriedades, fez reféns, trocou tiros com agentes e feriu pessoas — entre elas um policial. Muitos moradores da região onde acontecem as buscas, com medo, deixaram suas casas. Após investigações, a polícia descobriu que o criminoso conseguiu comida em algumas dessas residências e as usou como esconderijo.

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