Agência de notícias
Publicado em 6 de outubro de 2024 às 10h19.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou neste sábado que o resultado das eleições municipais não será um termômetro para a eleição presidencial de 2026. No entanto, destacou que o governo espera algumas vitórias simbólicas nessas disputas.
“Não tem uma relação direta entre a eleição municipal e a eleição nacional. Mas achamos importante que essas eleições municipais, sobretudo em disputas simbólicas, representem uma vitória da verdade contra a mentira”, disse o ministro. Ele citou as disputas no Rio de Janeiro, Recife e Teresina como exemplos de derrotas da "extrema direita".
Padilha chegou antes de Lula ao colégio eleitoral em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, onde o presidente votaria. Ao conversar com jornalistas, o ministro destacou que o PT espera aumentar o número de prefeitos e vereadores eleitos.
Quando questionado sobre a frustração de aliados com a participação discreta de Lula nos palanques municipais, Padilha argumentou que a presença do presidente foi maior nessas eleições do que em pleitos anteriores.
“Posso afirmar: o presidente gravou mais vídeos de apoio para candidatos e candidatas nesta eleição do que gravou em 2004. A presença do presidente foi muito maior”, destacou Padilha. Ele também enfatizou que não se pode comparar o envolvimento de Lula nas eleições municipais em pleitos onde ele não estava na presidência.
O ministro se mostrou confiante em relação ao desempenho de Guilherme Boulos (PSOL), candidato apoiado pelo PT em São Paulo. Segundo ele, Boulos deve dar uma resposta nas urnas ao candidato Pablo Marçal (PRTB), que divulgou informações falsas sobre o psolista nos últimos dias de campanha.
A poucos dias do primeiro turno, pesquisas de intenção de voto apontavam que candidatos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lideravam em 12 capitais, de acordo com o agregador de pesquisas Rali, uma parceria do GLOBO com o Instituto Locomotiva.
Já os candidatos ligados ao presidente Lula estão à frente em duas cidades: Rio de Janeiro e Recife. Em outras 12 capitais, os líderes nas sondagens não possuem aliança com o PT ou o PL.