Represa de Jaguari, administrada pela Sabesp, é vista com baixo nível de água, em Bragança Paulista (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 20h43.
Sorocaba - Os 155 mil moradores de Itu, na região de Sorocaba (SP), convivem desde a quarta-feira, 7 com cortes mais drásticos no fornecimento de água.
Com o abastecimento em risco em razão da queda no nível dos reservatórios que abastecem a cidade, a concessionária Águas de Itu anunciou uma ampliação no racionamento em vigor desde fevereiro.
A distribuição passou a ser feita das 18 horas às 4 da manhã do dia seguinte. Antes, o fornecimento ia das 16 horas às 8 da manhã. Na região da Cidade Nova, o fornecimento ocorre em dias alternados.
A empresa alegou que a medida visa a recuperar os mananciais que estão operando com 10% da capacidade. Também foi reforçada a campanha para economia de água.
Em Pereiras, sem condições de manter a captação no Ribeirão das Conchas, praticamente seco, o serviço municipal de saneamento voltou a distribuir água com excesso de flúor para a população.
De acordo com o prefeito Flávio Paschoal (DEM), os moradores foram orientados a usar a água apenas na limpeza doméstica, já que, se ingerido, o flúor em excesso faz mal à saúde.
"Estamos sendo multados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), mas é a única forma de não deixar a cidade sem abastecimento."
A Câmara aprovou a transferência do serviço para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), mas ainda falta concluir o processo. A empresa captará água no Rio Sorocaba, a 30 quilômetros.
Na região de Campinas, a Sabesp estendeu para 11 municípios o bônus de 30% na conta para o consumidor que reduzir em 20% ou mais o consumo. Inicialmente, a medida havia sido adotada em seis cidades.
A vazão do Rio Atibaia, que abastece Campinas, baixou nesta quinta-feira para 5,86 metros cúbicos por segundo - estava em 5,99 no dia anterior -, mas a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) ainda não pôs em prática o plano de racionamento. Também está em risco de racionamento a cidade de Piracicaba, em razão da baixa vazão do Rio Corumbataí.