Renato Duque: o ex-diretor "autorizou, expressamente, a repatriação de todos esses valores" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de julho de 2017 às 15h49.
São Paulo - O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque abriu mão de 20 milhões de euros que ganhou em propinas de empreiteiros.
Ele mantinha a fortuna - já bloqueada - depositada em conta secreta no Principado de Mônaco. Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, a defesa de Duque renunciou aos ativos.
"Renuncia a todo e qualquer direito sobre os valores depositados nas contas bancárias na Suíça Banco Cramer (Contas Satiras Stiftung - Drenos Corpotarion) e em Mônaco no Banco Julius Baer (Pamore Assets INC e Milzart Overseas Holdings INC); as contas que mantém no exterior em nome das off-shores Milzart Overseas e da off-shore Pamore Assets, no Banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, com saldo de cerca de 20.568.654,12 euros", afirmou o ex-diretor por meio de sua defesa.
Na petição, Renato Duque "autoriza, expressamente, a repatriação de todos esses valores".
"Requer que o D. Juizo oficie o Ministério Público Federal para que dê início aos procedimentos da referida repatriação", solicitou.
"O requerente manifesta seu interesse de continuar colaborando com todas as investigações das quais tenha conhecimento de fatos relevantes sobre a Petrobras."
Duque foi preso na Operação Lava Jato em fevereiro de 2015. Ele já está condenado a 30 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.