Collor: a manobra criou desentendimento com os demais partidos, que se sentiram prejudicados (Senado/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2017 às 13h00.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 16h21.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), conseguiu emplacar seu aliado regional, o senador Fernando Collor (PTC-AL) para a presidência da Comissão de Relações Exteriores (CRE) no Senado.
O nome foi aprovado por aclamação na reunião de instalação do colegiado na manhã desta terça-feira, 14.
De acordo com o regimento, as presidências das comissões são divididas entre os partidos de acordo com o tamanho das bancadas. Pela composição atual, partidos com menos de quatro senadores não poderiam presidir nenhum colegiado.
Entretanto, após negociações internas, Renan conseguiu eleger Collor para a CRE, uma das principais comissões da Casa. Collor é o único senador da bancada do PTC.
A manobra criou desentendimento com os demais partidos, que se sentiram prejudicados. A maior resistência veio do PSDB, que também tinha interesse na comissão.
Os desentendimentos culminaram em uma troca de farpas públicas entre Renan e o líder do PSDB, Paulo Bauer (SC), no plenário na última semana.
As negociações de Renan também não eram vistas com bons olhos pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que defendia que a proporcionalidade das bancadas fosse respeitada.
Além disso, a atuação de Renan junto aos demais líderes para distribuir os colegiados acabou atrasando a instalação das comissões em um mês.
O senador Jorge Viana (PT-AC) será o vice-presidente do colegiado. Como primeiro ato da CRE no biênio 2017-2018, foi aprovado pelo colegiado voto de pesar pela morte do ex-deputado federal e ex-prefeito de Rio Branco Wildy Viana, pai do senador Jorge Viana, falecido nesta segunda-feira, 13.
Collor também deliberou com o plenário da comissão que as reuniões ordinárias do colegiado passam a ser iniciadas às 9h das quintas-feiras. A próxima ocorre já nesta semana, no dia 16.