O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 21h27.
Brasília - Após ser reconduzido no último domingo, 1º, pela quarta vez à presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) entrou em conflito com a oposição que apoiou o senador Luiz Henrique (PMDB-SC).
Contrariado com o apoio do PSDB ao adversário, ele pediu que o partido indicasse a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) para o posto, que é mais próxima a ele. Mas os tucanos não aceitaram a sugestão e optaram pelo nome do senador Paulo Bauer (PSDB-SC).
O regimento interno do Senado determina que a composição da Mesa deve atender "tanto quanto possível" o critério da proporcionalidade dos partidos.
Seguindo esse lógica, o PSDB, por ter a terceira maior bancada da Casa, teria direito a indicar uma pessoa para ocupar a primeira-secretaria. "Lúcia Vânia não disputará. Ela fez um gesto de generosidade, atendeu a um apelo pessoal que lhe fiz", afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), após uma reunião com integrantes do partido.
Hoje, Renan disse que estava trabalhando para conter as candidaturas avulsas e chegar a um consenso para a montagem da mesa. Ele afirmou que o fato de ter havido disputa para a presidência estimulava esse tipo de postura dos outros partidos.
"Um dos poucos critérios que temos é a proporcionalidade e quando você desestimula isso você anima candidaturas de diferentes partidos e isso precisa ser contornado", disse Renan.