Segundo Renan Calheiros, projeto é "uma resposta do Legislativo ao desalinho das estatais, de todas, inclusive da Petrobras" (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2015 às 21h36.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu nesta terça-feira, 2, a presidente Dilma Rousseff, que havia defendido mais cedo que a nomeação de estatais, ministérios e autarquias é uma "prerrogativa do Executivo".
O peemedebista afirmou que a Lei de Responsabilidade das Estatais, que está sendo elaborada pelo Congresso, não é uma "interferência" nos poderes do governo e vai servir para abrir a "caixa preta" dessas empresas.
"Não há absolutamente interferência. O que há é um desejo da sociedade que se abra a caixa preta das estatais. Que isso fique absolutamente transparente. O País cobra isso.", disse.
Segundo ele, esse projeto é "uma resposta do Legislativo ao desalinho das estatais, de todas, inclusive da Petrobras", após as denúncias da Operação Lava Jato.
Na segunda-feira, Renan e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-AL), apresentaram o anteprojeto da lei, que prevê que as indicações de dirigentes de estatais terão de ser submetidas ao Senado. Em resposta, Dilma defendeu pela manhã que todos os poderes no Brasil têm de ser respeitados.