Calheiros disse que as comissões de Relações Exteriores (CRE) da Casa e de Controle de Atividades de Inteligência, com atuação mista com a Câmara dos Deputados, deverão investigar o assunto e “esclarecer ao Brasil o ocorrido” (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2013 às 20h52.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota hoje (8) na qual diz que caberá ao Congresso Nacional averiguar a veracidade das denúncias sobre atos de espionagem dos Estados Unidos nas telecomunicações brasileiras e exigir explicações das autoridades responsáveis.
Em plenário, Calheiros leu a nota. Ele disse que as comissões de Relações Exteriores (CRE) da Casa e de Controle de Atividades de Inteligência, com atuação mista com a Câmara dos Deputados, deverão investigar o assunto e “esclarecer ao Brasil o ocorrido”.
Para o presidente do Senado, as denúncias feitas pelo jornal O Globo de que o Brasil foi um dos principais países espionados pelos serviços de inteligência americanos são “graves, preocupantes e devem ser investigadas em profundidade”.
O presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), anunciou que incluirá na pauta da reunião da comissão de amanhã (9), requerimentos para que sejam convidados o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, e o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, para prestar esclarecimentos sobre o episódio. Ferraço pretende também convidar os presidentes da Google e do Facebook no Brasil.
Na Câmara, onde a ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti anunciou a intenção de colocar em votação o Marco Civil da Internet, o presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) declarou que não sabe quando a matéria entrará em votação. Segundo ele, amanhã haverá uma reunião com o relator na tentativa de fechar um texto consensual sobre o assunto.
“[O projeto] entrou e saiu de pauta várias vezes porque não havia um acordo. Então, como não quero que se repita, estou marcando com o relator, amanha de manha, um encontro para ver que se ele consegue fazer um texto acordado para que a Casa possa aprovar, porque é muito importante para o país”, disse Alves.