Brasil

Renan defende candidatura própria do PMDB em 2018

Defesa feita pela primeira vez publicamente por Renan ocorre após o desempenho que ele considerou "acima" das expectativas do partido nas eleições


	Renan Calheiros: peemedebista, entretanto, voltou a pedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Renan Calheiros: peemedebista, entretanto, voltou a pedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff (Antonio Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 20h38.

Brasília - Em discurso da tribuna, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta terça-feira, 7, a candidatura própria do partido a presidente da República em 2018.

A defesa feita pela primeira vez publicamente por Renan ocorre após o desempenho que ele considerou "acima" das expectativas do partido nas eleições de domingo, 5.

O peemedebista, entretanto, voltou a pedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

O peemedebista citou uma série de resultados de integrantes do partido para justificar a proposta.

Ele mencionou o fato de que o partido elegeu em primeiro turno quatro governadores e ainda pode eleger outros oito no segundo turno, o maior número do País, que permanecerá como a maior bancada do Senado, será a segunda maior na Câmara dos Deputados e terá o maior número de deputados estaduais no País.

Renan fez um "agradecimento especial" e uma "homenagem sincera" ao que chamou de renovação que será conduzida em Alagoas pelo seu filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB), eleito governador do Estado em primeiro turno.

"São números superlativos que impõem ao partido uma sincera reflexão sobre a necessidade de ter um projeto próprio de poder em 2018", conclamou Renan.

Para ele, o "bom desempenho" da legenda reforça a necessidade de um projeto próprio e reposiciona o PMDB no centro da decisão das três esferas de poder.

Questionado após em entrevista quem poderiam ser os candidatos do partido, Renan respondeu laconicamente: "Tem muitos".

Sem citar nominalmente Dilma Rousseff, o presidente do Senado disse que o PMDB deixou as "dúvidas" que tinha no passado e "embarcou num projeto que está mudando o Brasil", numa referência às gestões petistas.

"Nós do PMDB nunca faltamos e nunca faltaremos ao Brasil", disse.

"O PMDB está, de fato em um relacionamento sério com o Brasil, o partido mostrou a sua densidade eleitoral. A força e a confiança naturalmente reservarão ao PMDB o papel de protagonista tanto no Legislativo quanto no Executivo", completou.

Renan defendeu a aprovação de uma reforma política para tirar o País da "idade da Pedra" e disse assumir o compromisso de tratá-la como prioritária após o segundo turno.

Em aparte, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) elogiou o pronunciamento do colega, mas lembrou que o partido não deu apoio unânime à reeleição de Dilma.

Um dos defensores da candidatura do tucano Aécio Neves, Ferraço mencionou o fato de que 40% do partido não apoiaram a coligação com o PT e, para ele, as oposições venceram as eleições no primeiro turno, com as votações do candidato do PSDB e de Marina Silva (PSB).

Renan disse a Ferraço que não tinha a pretensão de dar ênfase à unidade do partido, mas destacou que a maioria da legenda decidiu apoiar Dilma e indicar o presidente do PMDB, Michel Temer, novamente vice na chapa da petista.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesMDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Defesa Civil emite alerta severo de chuvas para São Paulo na tarde desta terça

Tarcísio diz que denúncia da PGR contra Bolsonaro 'não faz sentido nenhum' e critica 'revanchismo'

Pé-de-Meia: como funciona o programa e como sacar o primeiro pagamento