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Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 12h09.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reeleito nesta quinta-feira (1/2) para a presidência do Senado. Calheiros conquistou 51 votos, contra 28 do pefelista José Agripino. Com isso, ele continuará à frente da Casa no biênio 2007/2008. Durante seu discurso, Calheiros afirmou que o Legislativo está "gradativamente" recuperando a sua autonomia e defendeu o fortalecimento do Senado.
A vitória, porém, também pode ser vista como benéfica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem o senador como um de seus aliados. Ao longo da semana, os observadores já davam como certa a recondução de Calheiros ao comando do Senado.
Calheiros criticou o uso extremado de medidas provisórias pelo Poder Executivo. Na apresentação de sua plataforma para os próximos dois anos, Calheiros admitiu que o Senado chegou a ter 70% de suas sessões trancadas por causa de MPs vencidas. Ele destacou que os senadores já aprovaram e remeteram à Câmara uma proposta para criar "um filtro severo" para o uso de MPs.
Já Agripino elogiou a "civilidade" da disputa com Calheiros e afirmou que o Congresso precisa recuperar sua "capacidade de inciativa". O senador também criticou a edição de MPs pelo governo. Ele propôs um regime rotativo de indicação dos relatores das MPs. O objetivo seria contar com pareceres contrários em medidas polêmicas. Agripino declarou, ainda, que o Senado precisa resistir à "tentação do autoritarismo populista".
A grande disputa, porém, é aguardada para às 15 horas, quando começa a eleição do presidente da Câmara. Dois candidatos da situação ameaçam rachar a base governista - o petista Arlindo Chinaglia e o atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB). O terceiro concorrente é o tucano Gustavo Fruet. As sondagens indicam que haverá segundo turno entre Chinaglia e Rebelo. Neste caso, a eleição deve se estender até perto da meia-noite.
Com informações da Agência Senado.