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Relatório da oposição pede abertura de ação contra Dilma

Documento não cita nominalmente Dilma, mas pede ação contra integrantes da cúpula da Petrobras que participaram do processo de compra da refinaria de Pasadena


	Dilma: ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época da aquisição de Pasadena
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época da aquisição de Pasadena (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 16h03.

Brasília - No relatório paralelo apresentado nesta quarta-feira, 17, na CPMI da Petrobras, integrantes da oposição, autores do texto, pedem ao Ministério Público Federal ação por ato improbidade administrativa contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

O documento não cita nominalmente a presidente, mas pede uma ação contra todos os integrantes da cúpula da Petrobras que participaram do processo de compra da refinaria de Pasadena, em 2006.

Na ocasião da aquisição, Dilma era a presidente do Conselho de Administração da estatal.

"Propomos o envio do presente relatório ao Ministério Público Federal para que este promova a responsabilização civil e por ato de improbidade administrativa de todos os integrantes da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração da Petrobras", diz trecho do relatório lido pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

No documento, integrantes da oposição pedem ainda o indiciamento da atual presidente da Petrobras, Graça Foster, pelo crime de prevaricação.

No entendimento dos parlamentares de oposição, Foster também praticou o crime de falso testemunho em depoimento prestado na CPMI no último dia 11 de junho.

Na ocasião, ela negou ter conhecimento de que a Petrobras havia identificado indício de pagamento de US$ 139 milhões a funcionários ou intermediários por parte da SBM, conforme a denúncia publicada na imprensa.

A estatal admitiu, entretanto, no dia 17 de novembro, que "empregados ou ex-empregados" da empresa receberam propina da empresa holandesa SBM Offshore, responsável pelo aluguel de embarcações para a petroleira.

Ministros e congressistas

No relatório paralelo, também consta uma relação de ministros, parlamentares, servidores e empresários listados em cerca de 100 pedidos de indiciados e abertura de inquéritos.

Entre os alvos de pedido de indiciamento está o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ex-diretores da estatal e integrantes do esquema de desvio identificados na operação Lava Jato.

Na lista de alvos de pedido de abertura de inquérito estão o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), entre outros.

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