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Relator do mínimo diz que conversará com centrais

O deputado petista Vicentinho, que integra a base do governo e tem origem sindical, deverá chancelar a proposta apresentada pelo Palácio do Planalto

Congresso Nacional: ministério da Justiça realiza o Seminário Processo Legislativo e Democracia (Eurico Zimbres/Wikimedia Commons)

Congresso Nacional: ministério da Justiça realiza o Seminário Processo Legislativo e Democracia (Eurico Zimbres/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 17h19.

Brasília - Relator da proposta que estabelece o valor para o salário mínimo em 2011, o deputado Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho afirmou que vai conversar com as centrais sindicais para discutir o assunto e ouvir suas posições. O deputado petista, que integra a base do governo e tem origem sindical, deverá chancelar a proposta apresentada pelo Palácio do Planalto, que eleva o mínimo para R$ 545, embora afirme que ainda vai estudar o projeto até a votação na próxima quarta-feira.

Vicentinho lembrou que existe um acordo fechado entre o governo e as centrais sindicais, estabelecido em 2007, criando regras para o reajuste do salário mínimo. Pelo acordo, o mínimo é corrigido com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores mais a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Como em 2010 o INPC ficou em 6,47%, esse indexador informal usado pelo governo com a concordância das centrais jogaria o valor para R$ 543. O governo arredondou para R$ 545, mas as centrais defenderam que houvesse uma antecipação em relação aos indicadores do próximo ano, elevando o valor para pelo menos R$ 560. Admitiram até que esse aumento poderia ser descontado no próximo reajuste. O governo, porém, permaneceu reticente em relação a dar mais do que R$ 545.

Como ex-sindicalista, Vicentinho disse que acordos devem ser mantidos. "Eu brigava muito quando era sindicalista. Mas, quando fechava acordo, sempre defendi que fosse mantido", afirma. Ele disse, porém, que vê com simpatia uma negociação em torno da "antecipação", que poderia garantir um mínimo maior. Mas reconheceu que o governo diz não haver margem para a concessão de um aumento mais elevado.

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