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Relator de denúncia é investigado por corrupção eleitoral

O inquérito, que tramita no TRE, apura se o deputado teve participação em um suposto esquema de compra de votos nas eleições de 2014

Sergio Zveiter: os juízes do TRE entenderam que o inquérito deveria ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (Luis Macedo/Agência Câmara)

Sergio Zveiter: os juízes do TRE entenderam que o inquérito deveria ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (Luis Macedo/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de julho de 2017 às 08h55.

Rio - Relator da denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer, o deputado federal Sergio Zveiter (PMDB-RJ) é investigado por crime de corrupção eleitoral.

O inquérito que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE) apura se o deputado teve participação em um suposto esquema de compra de votos nas eleições de 2014.

A Procuradoria Regional Eleitoral pediu a abertura do inquérito depois que o empresário Paulo Henrique Almeida foi autuado em flagrante em São Fidelis, no norte fluminense.

Almeida foi preso sob acusação de comprar votos para o então candidato a deputado estadual Thiago Pampolha (PDT). Pampolha se diz inocente e Almeida não foi localizado pela reportagem.

O nome de Zveiter apareceu quando, em uma das buscas a endereços ligados a Almeida, a polícia encontrou 5.501 santinhos eleitorais, cópias de títulos de eleitor e R$ 1.189.

Em outra investigação sobre o mesmo episódio, que não apurou a participação de Zveiter, Pampolha foi inocentado. Mas o inquérito do TRE sobre a participação de ambos prosseguiu.

Em fevereiro, os juízes do TRE entenderam que o inquérito deveria ser enviado ao Supremo Tribunal Federal, por se tratar de um deputado federal. Zveiter, porém, entrou com recurso e pediu o arquivamento da investigação.

Segundo sua assessoria, ele "ingressou espontaneamente" no inquérito para requerer o arquivamento. Em 23 de junho, o vice-procurador-geral eleitoral Francisco de Assis Vieira Sanseverino pediu o prosseguimento do inquérito no TRE e o seu envio ao STF. O recurso de Zveiter e a manifestação do vice-procurador estão no gabinete do ministro Luiz Fux.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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