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Comissão da Câmara vota reforma trabalhista; assista

A expectativa é que o texto seja votado na comissão especial hoje para poder ir para o plenário da Câmara amanhã

Rogério Marinho: projeto está sendo discutido com outros deputados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Rogério Marinho: projeto está sendo discutido com outros deputados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2017 às 11h30.

Última atualização em 25 de abril de 2017 às 13h36.

Começou por volta de 11h30 a reunião da comissão especial da reforma trabalhista (PL 6787/16), convocada para discussão e votação do parecer do relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).

Marinho apresentou hoje novo substitutivo para a proposta, incorporando emendas que os deputados poderiam apresentar até ontem (24). (Veja: Relator da reforma trabalhista aceita 3 sugestões de mudança)

Apesar da incorporação de emendas, o novo texto mantém as principais medidas do substitutivo anterior, como a regulamentação do chamado trabalho intermitente, modalidade que permite que os trabalhadores sejam pagos por período trabalhado.

Além do trabalho intermitente, o projeto original apresentado por Rogério Marinho permite que a negociação entre empresas e trabalhadores prevaleça sobre a lei em pontos como parcelamento das férias em até três vezes, jornada de trabalho de até 12 horas diárias, plano de cargos e salários, banco de horas e trabalho em casa.

Também retira a exigência de os sindicatos homologarem a rescisão contratual no caso de demissão.

A expectativa é que o texto seja votado na comissão especial hoje para poder ir para o plenário da Câmara amanhã.

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A proposta tramita em regime de urgência, o que gerou muita crítica da oposição na semana passada depois de a urgência ter sido aprovada em plenário um dia depois de ter sido rejeitada. Com o regime de urgência, nenhum deputado da comissão pode pedir vista e os prazos para cada um deles discutir o projeto ficam reduzidos pela metade.

Debates

Para o relator, a proposta já foi suficientemente debatida na comissão especial, que fez 16 audiências públicas e ouviu cerca de cem pessoas.

A oposição pede mais discussão sobre a proposta, que altera pontos da Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT. Segundo o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), o projeto afeta os direitos dos trabalhadores e precisa ser alterado.

O líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse nesta terça-feira, 25, que o relator da Reforma Trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), fez algumas alterações no texto final que não mudaram o conteúdo essencial do projeto. "Há mudanças cosméticas, que não alteraram a desconstrução da CLT", disse o petista.

Guimarães afirmou que a oposição promete uma "dura obstrução no plenário" e vai pedir a votação de destaque por destaque do projeto.  Ele criticou a tentativa de se votar a proposta "de qualquer jeito" na quarta-feira. "Não vamos votar uma matéria a toque de caixa".

Rogério Marinho nega que o projeto retire direitos dos trabalhadores e afirma que a proposta vai permitir a geração de empregos, ao dar segurança jurídica aos empresários e colocar na formalidade trabalhadores sem carteira assinada.

As centrais sindicais contrárias ao projeto estão organizando protestos em todo o país para esta semana. E a previsão, na comissão, é de muita discussão. A oposição promete obstruir os trabalhos.

Mas, como o prazo de funcionamento da comissão especial já está esgotado, o regimento interno da Câmara permite que o projeto seja levado diretamente para o Plenário se não for votado no colegiado.

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