CCJ: texto da Previdência começa a avançar na Câmara (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de março de 2019 às 14h24.
Última atualização em 29 de março de 2019 às 14h53.
Belo Horizonte - O relator da PEC da reforma da Previdência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), afirmou nesta sexta-feira, 29, que pretende entregar o relatório da proposta até o dia 9 de abril. "Nós temos total possibilidade de apresentar o relatório antes. Mas para não suprimir nenhuma etapa, o regimento interno será rigorosamente cumprido", disse.
Sobre a ida do Ministro da Economia, Paulo Guedes, à CCJ, prevista para a próxima quarta-feira, 3, Freitas destacou que precisa ouvir o ministro antes de concluir o seu relatório. "Dos debates podem surgir algumas sugestões e essa questões serão levadas em consideração no relatório também."
O relator da PEC da reforma da Previdência negou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, esteja isolado da articulação pela aprovação da reforma. "É ele (Bolsonaro) o responsável por buscar as articulações no Congresso. O Paulo Guedes é um técnico e nesse momento a sociedade brasileira exige uma visão técnica sobre a reforma. Por isso, ele é a pessoa escolhida para esclarecer aos deputados cada ponto da reforma", afirmou.
Após se encontrarem na quinta-feira, 28, Paulo Guedes e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiram liderar a articulação política pela reforma da Previdência
Freitas esteve nesta sexta-feira em Belo Horizonte para a posse do novo superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, delegado Cairo Costa Duarte.
A CCJ é a porta de entrada no Congresso da mais importante reforma deste início de gestão do governo Bolsonaro e de acordo com o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), a previsão é que o parecer do relator seja votado nesta comissão em 17 de abril.
Marcelo Freitas falou que as críticas anteriores feitas por ele sobre as mudanças nas regras previdenciárias não afetariam seu trabalho como relator. De acordo com o parlamentar, suas opiniões se referiam à proposta de reforma anterior, enviada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). "A reforma anterior diverge completamente da nova reforma. São textos e objetivos bem diversos, por isso não há divergências com o que eu disse", destacou. Por ser delegado da Policia Federal, Freitas já saiu em defesa dos servidores públicos que seriam afetados pela PEC.
Além disso, Marcelo Freitas defendeu o texto da PEC proposta enviada ao Congresso pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. "A parcela que ganha mais será mais afetada pela reforma. Ela não afetará os pobres de nosso País, pelo contrário, o objetivo é preservar os pobres." O parlamentar também afirmou que a presidência irá "melhorar o discurso" para fazer chamadas e explicar com clareza a reforma para a população.