Brasil

Região Norte se assusta com tremor de 6,4 na escala Richter

Manaus registrou hoje uma abalo de 6,4 na escala Richter, segundo o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília


	Rio Branco, AC: sismo de 7,4 registrado na terça ocorreu na fronteira entre o Peru e o Brasil e foi sentido por moradores de cidades do Acre
 (Embratur/Fotos Públicas)

Rio Branco, AC: sismo de 7,4 registrado na terça ocorreu na fronteira entre o Peru e o Brasil e foi sentido por moradores de cidades do Acre (Embratur/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 16h04.

Brasília - A repórter do Radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Bianca Paiva, estava em casa em Manaus (AM), na última terça-feira (24) a noite quando começaram os tremores de 7,4 na escala Richter que tiveram como epicentro a Amazônia Peruana e refletiram até esta quinta-feira (26), em Tarauacá (AC).

A cidade registrou hoje uma abalo de 6,4 na escala Richter, segundo o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB).

Hoje e ontem, o Observatório Sismológico da UnB também registrou tremores menores que 6 na escala Richter.

O sismo de 7,4 registrado na terça-feira ocorreu na fronteira entre o Peru e o Brasil e foi sentido por moradores de cidades do Acre, como Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Sena Madureira, Xapuri e Santa Rosa do Purus.

Os abalos também foram sentidos em Rondônia e Manaus.

“Estava lendo um livro na minha cama, senti a cama balançar, mas não dei muita importância. Depois balançou de novo, daí chamei meu marido, mas ele não acreditou, pois não tinha sentido nada. Daí, o apartamento balançou mais uma vez. Vários colegas de Manaus saíram de seus apartamentos comentando que tinham sentido o prédio balançar”, disse Bianca.

O tremor de hoje (26) em Tarauacá (AC) foi consequência dos abalos da terça-feira (24), sentidos por Bianca há vários quilômetros de distância do epicentro do sismo no Peru, que geraram outros tremores menores até esta quinta-feira.

De acordo com o professor do departamento, George Sande, os fenômenos são comuns na região.

“A região entre o leste do Peru e um pedaço do Acre está sobre influência da placa sul-americana e placa Nazca, por isso cidades da região podem sentir os abalos sísmicos”, explicou.

O subtenente do Corpo de Bombeiros do Acre, Luiz Gonzaga Ribeiro, explicou que os tremores sentidos na Região Norte desde a última terça-feira não provocaram danos.

“Não temos conhecimento de vítima ou abalo no tremor de hoje em Taraucá, nem nos que ocorreram na última terça-feira. Na quarta, fizemos vistorias que comprovaram que não houve vítimas ou abalos em prédios ou residências”, explicou.

Ribeiro disse que na terça-feira, houve um certo “nervosismo” em várias partes do Acre, principalmente em faculdades.

“As pessoas sentiram várias edificações tremerem e também mal estar como tonturas devido ao fenômeno. Recebemos várias chamadas. Temos conhecimento de relatos em Rondônia e Manaus também”, disse o subtenente.

Os tremores iniciais da terça-feira tiveram início na região de Madre de Deus, na Amazônia Peruana e puderam ser sentidos a 581Km da capital, Lima.

Além de cidades peruanas, o Norte do Brasil, regiões da Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela também sentiram os abalos sísmicos.

Acompanhe tudo sobre:Acrecidades-brasileirasDesastres naturaisManausMeio ambienteRegião NorteRondôniaTerremotos

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência