Cássio Cunha Lima: o senador minimizou ainda o que chamou de "indisposição" do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o tema (Pedro França/Agência Senado)
Reuters
Publicado em 2 de maio de 2017 às 20h14.
Brasília - A reforma trabalhista deve demorar até 30 dias para ter sua votação iniciada no plenário do Senado, segundo avaliação feita nesta terça-feira pelo primeiro vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Antes de chegar ao plenário, a reforma, uma das medidas prioritárias do governo, deve passar por ao menos duas comissões da Casa --a de Assuntos Sociais e a de Assuntos Econômicos.
A oposição pressiona para que a proposta passe por outras duas comissões, mas Cunha Lima resolveu deixar a decisão para o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Eunício passou a terça-feira em São Paulo, para a realização de exames complementares e avaliação clínica no hospital Sírio-Libanês, após alguns dias de internação em Brasília, quando foi diagnosticado tendo sofrido um Acidente Isquêmico Transitório (AIT).
Cunha Lima minimizou ainda o que chamou de "indisposição" do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o tema.
Na semana passada, o peemedebista chegou a declarar que a reforma não passaria na Casa da forma como foi aprovada na Câmara.
O vice-presidente afirmou que "não há preocupação com o que quer que seja" e disse não temer possível influência de Renan, lembrando que caberá aos presidentes de cada comissão definir a relatoria da proposta.
"Ele (Renan) pode muito mas não pode tudo. Vamos fazer com que o Senado funcione mesmo com a indisposição que o senador tem tido em relação a essas matérias que estão em discussão", disse Cunha Lima.
O vice-presidente acrescentou ainda que não vê necessidade em encurtar a discussão da reforma trabalhista, mas reconheceu que se forem apresentados, serão analisados requerimentos para conferir celeridade à proposta.