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Reforma ministerial incluirá cargos em bancos

Presidente pretende utilizar os postos políticos que serão abertos nos bancos oficiais com a saída dos titulares para disputar as eleições


	Dilma: estratégia a ser utilizada na troca de cargos no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal é semelhante a da Esplanada
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma: estratégia a ser utilizada na troca de cargos no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal é semelhante a da Esplanada (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 20h32.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff pretende utilizar na reforma ministerial de janeiro os postos políticos que serão abertos nos bancos oficiais com a saída dos titulares para disputar as eleições de 2014.

A estratégia a ser utilizada na troca de cargos no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal é semelhante a da Esplanada: assegurar o apoio dos partidos à reeleição presidencial. Nesse sentido, os cargos que ficarão vagos devem ser preenchidos por pessoas ligadas às mesmas legendas, garantindo, assim, que os partidos aos quais pertencem possam apoiar a chapa que será encabeçada pela presidente Dilma Rousseff.

São pelo menos três vagas que ficarão em aberto até lá. A Caixa perderá o vice de Pessoa Jurídica, Geddel Vieira Lima, que sairá para se candidatar ao governo da Bahia pelo PMDB. Já o Banco do Brasil ficará sem o vice de Agronegócios, Osmar Dias, que deverá candidato a senador pelo PDT do Paraná, numa coligação com o PT. Já o vice de Governo do BB, Benito Gama, será candidato a deputado pela Bahia. Presidente interino do PTB, Gama assumiu o posto em junho. Foi uma compensação para permanecer na base de Dilma Rousseff, pois tendia a se ligar à dupla Eduardo Campos/Marina Silva, do PSB.

O histórico dos postos distribuídos politicamente nos bancos registra a continuidade da ocupação partidária, embora com dança das legendas. Osmar Dias substituiu o hoje prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, do PMDB. Benito Gama entrou no lugar de Cesar Borges, do PR, que foi para o Ministério dos Transportes e garantiu o apoio do partido ao governo de Dilma Rousseff. Geddel Vieira Lima ocupou o lugar que foi do hoje ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, também do PMDB. Dos três, há a possibilidade de este último ser o primeiro a sair. Ele é adversário declarado do governador da Bahia, Jaques Wagner, do PT. Anunciou que vai disputar o governo contra o candidato de Wagner. E o governador já disse à presidente Dilma Rousseff que não vê sentido na manutenção de Geddel no posto, visto que ele é oposição.

A Caixa é também um importante feudo do PMDB. O vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias é Fábio Cleto, apadrinhado do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Cleto teve vários desentendimentos com a direção da Caixa, quase foi demitido pela presidente Dilma Rousseff, mas nas negociações com o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), acabou mantido no cargo. Suas brigas com os petistas ocorreram principalmente por causa do comando do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com orçamento anual para investimentos superior a R$ 20 bilhões. A Caixa deverá receber ainda um integrante do PSD de Gilberto Kassab, que na semana passada anunciou oficialmente o apoio à reeleição de Dilma. Foi o primeiro partido a afzer essa sinalização. A intenção era abrir a vaga para o aliado no início do ano, mas uma reação por parte do PT retardou o processo.

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