Brasil

Reforma aumenta nível de justiça da Previdência, diz Meirelles

O ministro da Fazenda afirmou que a reforma é um conjunto de mudanças cujo impacto surgirá ao longo de décadas

Henrique Meirelles: afirmou que a expectativa é que a reforma da Previdência também seja aprovada no Senado ainda no primeiro semestre (Ueslei Marcelino/Reuters)

Henrique Meirelles: afirmou que a expectativa é que a reforma da Previdência também seja aprovada no Senado ainda no primeiro semestre (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2017 às 16h10.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, 10, o que espera que a PEC da Previdência seja aprovada na Câmara dos Deputados ainda em maio.

"Esperamos a aprovação em maio e, o mais rápido possível, em seguida, no Senado Federal. O mesmo ou seja, a rapidez no andamento das votações vale para a tramitação da reforma trabalhista no Senado Federal", disse o ministro em rápida entrevista após participar da 9ª edição do Congresso Anbima de Fundos de Investimento, organizado pela Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

O ministro afirmou que a reforma da Previdência é um conjunto de mudanças cujo impacto surgirá ao longo de décadas.

"Não são dois meses que serão decisivos para o sucesso dos efeitos da reforma. Mas estes dois meses podem, sim, ser muito importantes para a expectativa e para o crescimento econômico deste ano e do próximo. Por causa disso, é muito importante que a PEC seja aprovada o mais rápido possível", disse.

Meirelles afirmou que a expectativa é que a reforma da Previdência também seja aprovada no Senado ainda no primeiro semestre.

Ele argumentou que a aprovação ficar para agosto "não é o ideal".

"Se por ventura alguma votação for deixada para agosto não é ideal, mas não é isso que vai influenciar o sucesso da reforma", disse.

Sobre os ajuste na proposta original, Meirelles afirmou que "não houve concessões".

"O governo apenas apresentou sua proposta. O Congresso tem o direito legítimo de alterar a proposta", disse Meirelles.

O ministro afirmou que o texto mantém pouco mais de 70% dos benefícios fiscais do projeto original e é uma reforma que aumenta o nível de justiça da Previdência.

"Apenas os trabalhadores de nível de renda mais baixo tendem a se aposentar aos 65 anos, porque eles não conseguem conquistar o direito ao benefício cumprir os 35 anos de contribuição em idade menor que esta".

Com a aprovação da PEC da Previdência, afirmou o ministro, todos vão se aposentar com esta idade. "Passa a ser uma previdência mais justa."

Sobre uma possível mudança na regra de reajuste do salário mínimo, como prescrevem analistas como condição para cumprimento do teto dos gastos, Meirelles desconversou e mencionou apenas sua expectativa de aprovação da reforma da previdência como está.

Mais cedo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que o governo não está estudando agora mudanças na fórmula de reajuste do mínimo.

Acompanhe tudo sobre:Henrique MeirellesMichel TemerMinistério da FazendaReforma da Previdência

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil